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Onicopatias inflamatórias- Processos Inflamatórios - Unidade Curricular 07-UCVII.


ONICOPATIAS  INFLAMATÓRIAS



O que são onicopatias inflamatórias?

São associadas a várias doenças de pele ou doenças sistêmicas ou ocorre após um trauma externo ou efeito adverso de medicamento.


Quais patologias ungueais são consideradas onicopatias inflamatórias?  

Paroníquia, Psoríase Ungueal, Líquen plano ungueal, Hematoma subungueal, Onicocriptose.

O que é Psoríase?

A psoríase é uma doença de pele bastante comum, que se caracteriza por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas. Essas placas aparecem com maior frequência no couro cabeludo, cotovelos e joelhos, mas pés, mãos, unhas e a região genital também podem ser afetados. A extensão da psoríase varia de pequenas lesões localizadas até o comprometimento de toda a pele.

A psoríase é uma doença crônica, autoimune, não contagiosa e que pode ser recorrente. Ela tem gravidade variável, podendo apresentar desde formas leves e facilmente tratáveis até casos muito extensos, que levam à incapacidade física, acometendo também as articulações.

Psoríase Vulgar ou em placas

É a forma mais comum da doença, caracterizada por lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos. Algumas vezes elas podem coçar, causar dor e atingir todas as partes do corpo, inclusive genitais e dentro da boca do paciente. Nos casos considerados mais graves, a pele ao redor das articulações pode rachar e sangrar.     

Psoríase Invertida

Tem forma de manchas inflamadas e vermelhas que atingem, principalmente, as áreas mais úmidas do corpo, onde normalmente se formam dobras, como nas axilas, virilhas, embaixo dos seios e ao redor dos órgãos genitais. No caso de pessoas com obesidade, esse tipo de psoríase pode ser agravado, da mesma forma quando há sudorese excessiva e atrito na região.

Psoríase Gutata

É mais comum entre crianças e jovens com menos de 30 anos. A psoríase gutata geralmente é desencadeada por infecções bacterianas, como as de garganta, por exemplo. São formadas pequenas feridas, em forma de gota, que são cobertas por uma fina “escama”. Normalmente aparecem no tronco, pernas, braços e couro cabeludo.

Psoríase Ungueal

É o tipo de psoríase que afeta os dedos e unhas das mãos e dos pés. Ela faz com que a unha cresça de forma anormal, engrosse e escame, perca a cor, surgindo depressões puntiformes ou manchas amareladas. Em alguns casos a unha acaba por se descolar da carne ou esfarelar.

 Fatores que podem desencadear em psoríase são:

Tratamentos:

               Existem diversos tipos de tratamento para psoríase, mas reduzir a inflamação, a formação de placas, regular e normalizar a aparência da pele, para isso existem três opções de tratamentos, tais como:

  Tópico – uso de cremes e pomadas;

  Sistêmico – medicamentos de uso oral, subcutâneo, intramuscular ou intravenoso;

  Fototerapia – alta frequência, luz ultravioleta A e B

   

Líquen Plano Ungueal


É uma doença inflamatória capaz de provocar alterações na matriz e o leito ungueal, causando danos irreversível caso não seja tratado a tempo. A doença apresenta um dano autoimune, com alterações promovidas aos queratinócitos basais, um processo mediado pelas células T.

               As unhas, formam estrias longitudinais, diminuição da espessura e a destruição progressiva das unhas, podendo chegar à perda irreversível delas. Apresenta-se de forma universal, sendo mais frequente na terceira década de vida.

               As alterações ungueais ocorrem em até 10% dos casos nos pacientes com Líquen Plano, estudos recentes mostram que mulheres demonstram que mulheres são acometidas 2 vezes mais que os homens.

    As unhas das mãos são mais afetadas que as dos pés, podendo apresentar evolução variável dependendo do momento do diagnóstico.

  Diagnóstico Clínico


     A confirmação deve ser feita através de biópsia da matriz ou do leito ungueal.

     A histopatologia apresenta hiperqueratose da camada córnea, hipergranulose, hiperplastia epidérmica irregular, entre outras.

  O dermatoscópio permite melhor observação das alterações ungueais, dando maior claridade nas alterações já mencionadas e, principalmente, a convergência dos sulcos longitudinais ao centro da lâmina.

Doenças que podem confundir o diagnóstico

   Algumas doenças são capazes de induzir alterações similares ao LPU, as mais comuns são:

  Traumas ungueais;

  Tumores que comprimem a matriz ungueal, mudanças relacionadas com a idade;

  Líquen estriado.

Formas raras do LPU

  Líquen estriado – dermatose linear de etiologia desconhecida, autolimitada, acometendo um único digito. Pode haver remissão espontânea.

  Líquen nítido – acometimento ungueal com alterações superficiais como pits, onicorrexe e fragilidade ungueal;

  Líquen escleroso e líquen aureus – acometimento ungueal excepcional, poucos casos descritos na literatura.

Tratamentos:

Vai variar de caso para caso e visa controlar o processo inflamatório que causa as lesões e a coceira. Podem ser medicamentos de uso local ou via oral. O tratamento pode durar meses até a recuperação total, pois é uma doença rebelde, necessitando o uso de várias medicações para obter o resultado desejado.

Hematoma Subungueal:


É causa por atritos e traumas de calçados inadequados ou atividades físicas e acidentes domésticos.       Sua coloração varia de vermelho intenso ao azulado e enegrecido. Enquanto estiver vermelho intenso e azul o sangue extravasado inda está líquido e pode ser drenado, já na fase enegrecida, o sangue já está seco e coagulado.

  Trauma agudo com severa dor;

   Causado pelo rompimento de vasos sanguíneos, com consequente extravasamento de sangue na pele;

  O tecido é fortemente comprimido pelo sangue extravasado que se acumula entre duas estruturas rígidas: a unha e a falange distal.

  Quando o hematoma é menor que 25% da porção visível da unha, ele pode ser drenado com bisturi ou cautério. Após esse procedimento é necessário fazer curativo;

  Quando o hematoma é maior que 25% da porção visível da unha, pode haver injuria do leito ungueal.

  Tratamento:

Deve-se furar a lâmina com brocas para drenagem da bolsa de sangue. Este procedimento só pode ser efetuado entre três e quatro dias em que o sangue se encontra líquido. Dependendo da cor e da sensibilidade, as lesões maiores demoram mais tempo para coagularem. Quando a lesão se torna enegrecida, neste caso o procedimento não é mais de drenagem, mas deslaminação e curetagem, posteriormente podemos cobrir o leito com órtese acrílica ou de resina.

Observamos que a queixa de dor é maior quando a lesão está vermelho vivo, quando drenamos a lâmina a dor cessa no mesmo instante. Na fase azulada, a dor se torna moderada, mesmo assim devemos drenar para preservar a lâmina ungueal. Na fase enegrecida, a dor é inexistem.

Um hematoma subungueal pode ser localizada em dois níveis:

Superficial – está localizado no leito e tem tratamento mais fácil podendo evoluir espontaneamente. É causa por micro traumas, originados da prática de esportes e algumas vezes pode haver a queda da lâmina.

Profundo – está localizado na derme, caso não tratado pode deixar sequelas permanentes como: interrupção do crescimento da lâmina total ou parcial, desvios, onicólise e atrofias ungueais.

Onicocriptose

                                                                                                                     


É a unha em cripta“ou “Unha encravada”, a penetração de uma espícula na epiderme ou tecidos macios do dedo, ou na extremidade distal do artelho. O fator mecânico desempenha o principal papel para o aparecimento da patologia, ocorrendo pressão aumentada em diferentes direções, direta ou indireta, ente a lâmina e as pregas ungueais.

Pode ser lateral ou bilateral.

 Esta pressão é fator determinante para o encravamento.

As lesões iniciais são:                                                                                                                        

A evolução desse quadro leva a dor espontâne e na maioria das vezes, a Infecção com formação de tecido granular, provocada pela espícula em resposta do organismo á presença de um corpo estranho ou por qualquer tipo de agressão como:   física, traumática, química ou biológica. Pode ocorrer por várias outras razões, mas a mais frequente é o corte incorreto e por uso de calçados inadequados, curvatura acentuada da lâmina e deformidade ortopédica.                                                                                                                            

Causas:


Calçado inadequado

Foi criado para proteger e adaptar-se à formação e comportamento dinâmico do pé, mas a moda transformou-o num objeto de beleza externa e tortura interior.

Por curvatura acentuada da lâmina

A curvatura por si só não causa a onicocriptose, o que leva é o indivíduo ao corte incorreto, deixando espículas laterais por falta de acesso ao final da lâmina ou ao cortá-las muito curtas, assim estas penetram nas pregas Por deformidade ortopédicas periungueais provocando a onicocriptose.

Por deformidades ortopédicas

Quando existem deformações nos dedos (dedo em garra, dedo em martelo, dedo sobreposto, entre outros)                          

  

Do Leito ungueal

É mais comum em homens que usam sapatos de couro, social, quando na marcha a dobra do ante pé se faz na região da matriz ungueal. Sua característica geralmente é de unha espessa, cor amarelada, dura na parte externa e amolecida na parte proximal.

Morfologias dos pés:




CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICAS DOS PÉS




  1)  Desequilíbrio nos pontos de apoio plantar.

  2)  Postura (descanso/trabalho):

 3) Quando se dorme de barriga para cima, a pressão dos cobertores sobre os dedos em       pacientes que têm a sensibilidade diminuída (diabéticos) associada a outros fatores (ex.       pressão do dedo sobre o colchão).


   4) Hiperidrose: 

   Permite com facilidade que a unha se incruste no tecido macio.

 

     5) Unhas muito curtas:

   Quando a unha fica “submergida” devido ao mau corte e entra em confronto com o  calçado

  

    6) Traumatismos constantes:

            Quando acontecem pisadelas, tropeções, queda de objetos pesados etc.

Processo violento

            - Golpes;

            - Meias grossas e justas;

            - Calçados inadequados;

            - Esportes violentos;

            - Traumatismos.

Tratamento:

Corte da unha adequado, utilizando instrumentos cortantes esterilizados e/ou descartáveis;

Uso de emoliente e técnicas especializadas que diminuem o risco de dor;

A extração da unha deve ser evitada pois, quando ela voltar a crescer, pode encravar novamente;

Após o procedimento de retirada da espícula (espiculatectomia) é feito um curativo (ocluir) até a total cicatrização;

Também é necessário um acompanhamento do crescimento da lâmina ungueal até a borda livre para que não volte a encravar.

Onicocriptose em Bebês


A Onicocriptose em recém-nascidos e lactantes não é muito comum, mas também não é rara. Sua causa é quase sempre por uso de roupas inadequadas como: macacões, meias, mijõezinhos, corte incorreto etc., seu uso constante pode deformar as unhas do bebê levando a Onicocriptose. A deformidade congênita do formato do corpo da unha também leva ao aparecimento da Onicocriptose.


Tratamento e Prevenção em Bebês

  Fazer o corte correto da lâmina ungueal;

  Em caso de espícula, fazer a remoção;

  Aplicar bandagem para abertura da prega ungueal;

  Massagear as bordas ungueais como forma de prevenir a Onicocriptose.

                   

 Uso das órteses


Aparelhos colocados sobre a unha que passam a fazer tração como uma alavanca, para direcioná-la;

É indolor e proporciona excelentes resultados, fazendo com que a lâmina deformada volte a ter uma anatomia normal, evitando assim tratamentos mais agressivos como a Onicoectomia.


Classificação:


                    Onicocriptose grau I - Com espícula. Sintoma: dor subjetiva;


            Onicocriptose grau II - Com infecção. Sintoma: dor e secreção sanguínea ou purulenta;


            Onicocriptose grau III - Com granuloma. Sintoma: dor, secreção e hipertrofia da prega lateral acometida;


            Onicocriptose grau IV – Com granuloma piogênico. Sintoma: dor, secreção, sangramento e hipertrofia da prega lateral acometida.

Tipos de Feridas e Tipos de Curativos 

O tratamento de feridas refere-se à proteção da lesão contra ação de agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos.

            

O objetivo é de riscos de complicações decorrentes.


 Antes de selecionar e aplicar o curativo, é necessária uma avaliação completa da ferida, do seu grau de contaminação, da maneira como está e como foi produzida.


Feridas e suas classificações



Lesão do tecido em decorrência de trauma mecânico, físico ou térmico, que se desenvolve a partir de uma condição patológica ou fisiológica.

 A ferida se torna uma úlcera após seis semanas de evolução sem intenção de cicatrizar.

 

Tipos de estágios





Pele íntegra, com sinais de hiperemia, descoloração ou endurecimento;

         

Há rompimento da epiderme e da derme, podendo envolver tecido subcutâneo, com hiperemia, bolhas e cratera rasa;
 

    Perda total de tecido cutâneo, necrose que vai até a fáscia muscular;


Grande destruição tecidual, com necrose, atingindo músculos, tendões e ossos.

 

Avaliando a ferida:



 Tecido de Granulação
                                                                                 

   
Vermelho vivo; Brilhante; não sangra facilmente ou muito pouco.

 



Vermelho escuro; sem brilho ou ressecado; Sangra com abundância.

 

Avaliação do estado da ferida:






Espiculaectomia - Granuloma : 

 É uma lesão benigna;

 Ocorre uma proliferação de vasos sanguíneos que causa uma lesão tumoral secundária a um traumatismo;

Considerada uma lesão multifatorial e reacional, é resultante de agressões repetitivas, micro traumatismos e irritação local.

 

                                        Onicopatias Inflamatórias


O granuloma pode apresentar de maneira diferente, como o granuloma teleangiectásico sem colônia de bactérias, granuloma piogênico que é associado à infestação bacteriana e o granuloma fibrosado que é um granuloma agudo que se não tratado com o tempo torna-se crônico e as fibras se acumulam formando um fibroma adquirido.


Fisiopatologia

Lesão tumoral avermelhada ou arroxeada, úmida, de consistência mole e que sangra com facilidade quando sofre qualquer trauma;

Cresce rapidamente e o sangramento pode ser substituído pelo desenvolvimento de crostas escurar sobre a lesão;

O tumor é geralmente solitário.



Tratamento - granuloma


Assepsia.

 Uso de emolientes e técnicas especializadas que diminuem o risco de dor. Ex: Anex.

 Retirada de espícula (pedaço de unha) que está penetrada na prega ungueal. 

 Como o granuloma faz parte do tecido cicatricial, são células de cicatrização, com a retirada da espícula, essas células perdem a função e começam a necrosar.

É um trabalho em conjunto, pois dependerá do paciente a evolução da cicatrização.

Escolha da técnica satisfatória.

Cuidado com o calçado usado nos pós procedimento.

Não cortar as lâminas em casa.


Alimentação x Cicatrização


“Certas substâncias encontradas em alimentos ajudam a reconstruir o tecido lesionado. Na contrapartida, há itens que devem ficar de escanteio sem dó nem piedade em prol de uma cicatrização rápida.

Fique longe de... Ovos, chocolates e embutidos em geral.

Camarão -O crustáceo tem concentrações elevadas de quitosana, uma molécula que favorece a inflamação da pele.

Carne de porco- Ela também inflama a cútis, o que pode elevar além da conta a produção de colágeno e gerar uma super cicatrização – o queloide.

 Soja- As isoflavonas da leguminosa estimulam a liberação de substâncias do corpo que rendem mais e mais inflamação na ferida.


 Aposte em...


Fontes de vitamina C - presente em frutas, como laranja, pêssego e acerola são bons exemplos. O nutriente é essencial para a formação adequada do colágeno, proteína que regenera o tecido.

Castanhas, nozes e afins - além de contarem com gorduras benéficas, com poder anti-inflamatório, elas são boas fontes de zinco e mineral que garantem o equilíbrio entre produção e degradação de colágeno.

Peixes e carnes magras - os cortes magros de carne vermelha dão incentivo especial para a formação do colágeno. Já os pescados fornecem ômega-3, gordura que barra inflamações.

Vegetais arroxeados - a cor indica a oferta de antocianina, um dos antioxidantes mais efetivos para a pele. Cereja, beterraba e berinjela estão cheias dela.


Orientação ao paciente


 um mau corte da unha pode resultar em encravamento.

 não retome os hábitos antigos após verificar melhoras, pois o problema terá uma forte tendência a reaparecer.


Curativo


      É um procedimento terapêutico que consiste na limpeza, no qual toda substância e soluções necessárias são empregadas diretamente no ferimento.

      As técnicas empregadas na realização de curativos, irão depender do tipo da lesão, se há processo inflamatório ou infeccioso, presença ou não de espícula, presença ou não de granuloma, aspectos do granuloma e exsudato.

Na podologia usamos os tipos de curativos oclusivos e abertos, dependendo de cada caso e grau do granuloma. Podemos usar os seguintes medicamentos na oclusão:


Tipos de curativos oclusivos


Cimento Cirúrgico;

Alginato de cálcio;

Cimento Cirúrgico, deve ser misturado em dapen.

Obs.: pode ser usado O.E de melaleuca, AGE ou ANEX.


Aplicação da mistura com fiapos de gaze na prega ungueal, após cobrir com compressa de gaze e ocluir com malha tubular. Retorno dentro de 24 à 48 horas e não molhar o curativo, após a retirada do curativo.


Nota-se a abertura da prega periungueal, facilitando a retirada da espícula, sem ser muito invasiva no corte. O cimento cirúrgico é eficaz como anti-inflamatório, mas não substitui o procedimento de Espiculaectomia.       



 

Onicocriptose sem infecção e com ou sem granuloma grau II

 (1ª opção)


 Caso a espícula tenha sido removida, sem a presença de exsudato purulento (somente inflamação): a limpeza com SF 0,9%, entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de soro fisiológico em jato.

     Aplicação de ozônio, através do contato de eletrodo, tipo cachimbo, do equipamento de alta frequência com a lesão, sem faiscamento, por 3 minutos.

 Aplicação de 1 a 3 j/cm² (inflamação) ou 4 a 6 j/cm² 9 (cicatrização), de laser terapêutico vermelho, sobre o leito da lesão.

Aplicação de anteparo de fibra de alginato de cálcio com S.F ou óleo essencial COPAÍBA (cobertura primária).

Aplicar cobertura secundária com compressa de gaze estéril, e proteger com atadura elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.

Manter o curativo fechado, sem molhar, pelo período de 2 a 4 dias, no máximo.

No retorno, o profissional deve observar: evolução do processo inflamatório, presença de espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.

Conforme a evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos, seguindo os mesmos passos até a cicatrização.


  Onicocriptose sem infecção e com ou sem granuloma grauII

 (2ª opção)

   Caso a espícula tenha sido removida a contento e sem a presença de exsudato purulento (somente inflamação): a limpeza com SF 0,9%, entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de soro fisiológico em jato.

    Suprimida a aplicação de alta frequência (ozônio) e/ou laser terapêutico. Caso o profissional disponha de apenas um desses equipamentos, ele poderá utilizá-lo, conforme o protocolo anterior, “1”.    

   Aplicação de anteparo de fibra de alginato de cálcio ou Aquacel Ag., embebido com duas gotas de Ácido Graxo Essencial (AGE), ou óleo essencial de melalêuca ou copaíba (cobertura primária.

     Aplicar cobertura secundária com compressa de gaze estéril, e proteger com atadura elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.

  Manter o curativo fechado, sem molhar, pelo período de 2 a 4 dias, no máximo.

No retorno, o podologista deverá observar: evolução do processo inflamatório, presença de espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.

Conforme a evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos, seguindo os mesmos passos até a cicatrização.


Onicocriptose sem infecção e com ou sem granuloma 

grau III e IV


Caso a espícula tenha sido removida a contento e sem a presença de exsudato purulento (somente inflamação): a limpeza com SF 0,9%, entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de soro fisiológico em jato.

Realizar a aplicação de ozônio e ou do lazer terapêutico. Caso o profissional disponha de apenas um desses equipamentos, ele poderá utilizá-lo, conforme o protocolo anterior “1”.

Caso seja aplicado o laser terapêutico vermelho, a densidade de energia depositada no tecido deverá ser de 3 j/cm2, até a diminuição do granuloma e de 4 a 6 j/cm2 para a cicatrização.

Aplicação de cimento cirúrgico, preparado com o pó mesclado a duas ou três gotas de AGE ou óleo essencial de melaléuca e/ou de copaíba.

Aplicar cobertura secundária com compressa de gaze estéril, e proteger com atadura elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.

Manter o curativo fechado, sem molhar, pelo período de 2 a 4 dias, no máximo.

No retorno, o profissional deve observar: evolução do processo inflamatório, presença de espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.

Conforme a evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos, seguindo os mesmos passos até a cicatrização.


Onicocriptose com infecção e com ou sem granuloma

 grau II- 1 ª opção


     Caso a espícula tenha sido removida, sem a presença de exsudato purulento (somente inflamação): a limpeza com SF 0,9%, entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de soro fisiológico em jato.

     Aplicação de ozônio, através do contato de eletrodo, tipo cachimbo, do equipamento de alta frequência com a lesão, sem faiscamento, por 3 minutos.

 Aplicação de 1 a 3 j/cm² (inflamação) ou 4 a 6 j/cm² 9 (cicatrização), de laser terapêutico vermelho, sobre o leito da lesão.

Aplicação de anteparo de fibra de alginato de cálcio com S.F ou óleo essencial COPAÍBA (cobertura primária).

Aplicar cobertura secundária com compressa de gaze estéril, e proteger com atadura elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.

Manter o curativo fechado, sem molhar, pelo período de 2 a 4 dias, no máximo.

No retorno, o profissional deve observar: evolução do processo inflamatório, presença de espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.

Conforme a evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos, seguindo os mesmos passos até a cicatrização.


Onicocriptose com infecção e com ou sem granuloma

 grau II-2 ª opção


   Caso a espícula tenha sido removida a contento e sem a presença de exsudato purulento (somente inflamação): a limpeza com SF 0,9%, entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de soro fisiológico em jato.

    Suprimida a aplicação de alta frequência (ozônio) e/ou laser terapêutico. Caso o profissional disponha de apenas um desses equipamentos, ele poderá utilizá-lo, conforme o protocolo anterior, “1”.    

   Aplicação de anteparo de fibra de alginato de cálcio ou Aquacel Ag., embebido com duas gotas de Ácido Graxo Essencial (AGE), ou óleo essencial de melalêuca ou copaíba (cobertura primária.

     Aplicar cobertura secundária com compressa de gaze estéril, e proteger com atadura elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.

  Manter o curativo fechado, sem molhar, pelo período de 2 a 4 dias, no máximo.

No retorno, o podologista deverá observar: evolução do processo inflamatório, presença de espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.

Conforme a evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos, seguindo os mesmos passos até a cicatrização.


Onicocriptose sem infecção e com ou sem granuloma 

grau III e IV


Caso a espícula tenha sido removida a contento e sem a presença de exsudato purulento (somente inflamação): a limpeza com SF 0,9%, entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de soro fisiológico em jato.

Realizar a aplicação de ozônio e ou do lazer terapêutico. Caso o profissional disponha de apenas um desses equipamentos, ele poderá utilizá-lo, conforme o protocolo anterior “1”.

 

 

Caso seja aplicado o laser terapêutico vermelho, a densidade de energia depositada no tecido deverá ser de 3 j/cm2, até a diminuição do granuloma e de 4 a 6 j/cm2 para a cicatrização.

Aplicação de cimento cirúrgico, preparado com o pó mesclado a duas ou três gotas de AGE ou óleo essencial de melaléuca e/ou de copaíba.

Aplicar cobertura secundária com compressa de gaze estéril, e proteger com atadura elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.

Manter o curativo fechado, sem molhar, pelo período de 2 a 4 dias, no máximo.

No retorno, o profissional deve observar: evolução do processo inflamatório, presença de espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.

Conforme a evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos, seguindo os mesmos passos até a cicatrização.


Onicocriptose com infecção e com ou sem granuloma grau II


Caso a espícula tenha sido removida a contento e sem a presença de exsudato purulento (somente inflamação): a limpeza com SF 0,9%, entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de soro fisiológico em jato.

Aplicação de ozônio, através do contato de eletrodo, tipo cachimbo, do equipamento de alta frequência com a lesão, sem faiscamento, por 3 minutos.

Terapia fotodinâmica: aplicação de azul de metileno ou azul de toluidina sobre o leito da lesão, deixando descansar por um período de 5 a 10 minutos, para que aconteça a absorção pelo tecido lesado; depois, procede-se a aplicação de 12j/cm2 de laser terapêutico vermelho, sobre o leito da lesão.

Após o desaparecimento do exsudato purulento, aplica-se o laser terapêutico vermelho, sem a necessidade da terapia fotodinâmica. A densidade de energia a ser depositadas neste processo é de 4 a 6 j/cm2.

Aplicação de cimento cirúrgico, preparado com o pó mesclado a duas ou três gotas de eritromicina tópica ou óleo essencial de melaléuca e/ou de copaíba.

Após a diminuição ou desaparecimento do granuloma, preconiza-se a realização de curativo e coberturas, conforme os itens “1 e 2” deste protocolo.

Aplicar cobertura secundária com compressa de gaze estéril.

Proteger com atadura elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.


Onicocriptose com infecção e com ou sem granuloma grau II


Manter o curativo fechado, sem molhar, pelo período de 2 a 4 dias, no máximo.

No retorno, o profissional deve observar: evolução do processo inflamatório, presença de espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.

Conforme a evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos, seguindo os mesmos passos até a cicatrização.


Fotos de atendimentos com onicriptose, traumas e granuloma:


Antes 
    Depois     


Trauma - Antes e Depois




Espiculaectomia






























PROCESSO INFLAMATÓRIO:

Fisiopatologia genérica

               Como resposta do organismo ao agente agressor, o flogógeno (agente inflamatório) age sobre os tecidos induzindo a liberação de mediadores químicos vasoativos, ou seja, irão atuar na parede do vaso, promovendo a sua vasodilatação e aumento da permeabilidade, com a saída de plasma e de células para o tecido lesionado.

        O que é inflamação?

        Como você reconhece uma inflamação?

        Dá febre?


Inflamação:

                     É uma resposta fisiológica do organismo ao dano tecidual local, pode ser apenas traumático ou ter microrganismos associados.

                   O processo inflamatório envolve várias células do sistema imune e vasos sanguíneos.

 

Fisiopatologia genérica

               Como resposta do organismo ao agente agressor, o flogógeno (agente inflamatório) age sobre os tecidos induzindo a liberação de mediadores químicos vasoativos, ou seja, irão atuar na parede do vaso, promovendo a sua vasodilatação e aumento da permeabilidade, com a saída de plasma e de células para o tecido lesionado.


Após lesão: 

Existem dois tipos de mediadores químicos:

MEDIADORES QUÍMICOS DE AÇÃO RÁPIDA: Como o próprio nome já diz, promove a liberação logo que entra em contato com o agente agressor, liberando:

Serotonina e Histamina (promovem a vasodilatação e ↑ da permeabilidade).

- MEDIADORES QUÍMICOS DE AÇÃO PROLONGADA: Estes são liberados durante todo o processo inflamatório, até que o agente seja eliminado totalmente do tecido, sendo:

Bradicinina e Prostaglandina (promovem a vasodilatação, ↑ da permeabilidade e também promovem a quimiotaxia, que corresponde na atração de leucócitos para área atingida)

O leucócito que mais libera esses mediadores no interstício são os mastócitos. Esses mediadores irão atuar no vaso sanguíneo, e logo em seguida começaram a aparecer os sinais flogísticos ou cardinai



Sua função é eliminar a causa inicial da lesão:





Sinais flogísticos ou cardiais:



               São os sinais e sintomas característicos da reação inflamatória.Com a hiperemia (aumento do fluxo sanguíneo), ocorre o primeiro sinal flogísticos, o RUBOR, que é caracterizado pela vermelhidão.


              



Como o fluxo sanguíneo aumentou e o sangue contém uma certa temperatura, acontece o segundo sinal, o CALOR, ocasionando o ↑ da temperatura do local.

               O aumento da permeabilidade e do fluxo sanguíneo, consiste na saída de plasma para o interstício, causado o EDEMA.

 Esse edema vai comprimir as terminações nervosas, juntamente com a prostaglandina que vai irritar essas terminações, ocasionando outro sinal flogístico que é a DOR.

A PERDA DA FUNÇÃO vai ser o último sinal flogístico, pois essa inflamação pode ocasionar o impedimento da função fisiológica do local lesionado.

 

                                                


 

Inflamação Aguda

               Pode ser ocasionada por patógenos orgânicos, agentes químicos ou traumas mecânicos.

                                                                                                                                                                                        
 Os principais sinais da resposta inflamatória aguda estão relacionados à:

1- Resposta vascular com vasodilatação que gera rubor e calor;

2- Aumento da permeabilidade vascular gerando edema;

3-Aumento da pressão tissular causando dor (tensão e compressão às terminações nervosas);

4- Seguindo-se a perda de função.


             A resposta celular na inflamação aguda é mediada por neutrófilos, basófilos, mastócitos, eosinófilos, macrófagos, células dendríticas e epiteliais.

Os principais mediadores químicos envolvidos na inflamação agudam são bradicinina, fibrinogênio e prostaglandinas, além das histaminas;

Uma vez que a causa da inflamação é removida, a resposta inflamatória cessa e algumas citocinas (são proteínas que modulam a função de outras células ou da própria célula que as geraram) iniciam o processo de cicatrização.    

                    O acúmulo de células mortas e microrganismos, em conjunto com fluidos acumulados e várias proteínas, formaram o que é conhecido como pus (infecção). Mas uma vez que a causa da inflamação é removida, a resposta inflamatória cessa e inicia-se o processo de cicatrização.

  

                  


      
Inflamação Crônica


               Se o agente causador da inflamação aguda persistir, tem início ao processo de inflamação crônica. Este processo pode durar vários dias, meses ou anos. É caracterizado por inflamação ativa (infiltração de células mononucleares), com destruição tecidual e tentativa de reparar os danos (cicatrização).

               Muitas vezes, acontece de maneira insidiosa, como uma reação pouco intensa e, frequentemente, assintomática.

               Os macrófagos ativos secretam vários mediadores da inflamação, os quais, se não controlados, podem levar à destruição tecidual e fibrose características desse tipo de inflamação.

 

A inflamação crônica é caracterizada pela ativação imune persistente com presença dominante de macrófagos no tecido lesionado.

               Os macrófagos liberam mediadores que, a longo prazo, tornam-se prejudiciais não só para o agente causador da inflamação, mas também para os tecidos da pessoa, sendo assim, esse tipo de inflamação quase sempre está associado com lesão tecidual.

As causas da inflamação crônica são, principalmente: infecções persistentes; exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, endógenos ou exógenos; autoimunidade, dentre outras.

               Entre os processos inflamatórios crônicos conhecidos estão: artrite, asma e processos alérgicos, alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares, síndromes intestinais, doença celíaca e diabetes.

                       

Qual a diferença entre inflamação X infecção

               É causada por um agente patogênico (vírus, bactéria etc.), o invasor se instala no local e se prolifera.

               Muitos processos infecciosos ocorrem quando o sistema imune se encontra fragilizado, facilitando a entrada e a multiplicação do agente.











 FARMACOLOGIA


A farmacologia é a área que estuda as propriedades químicas dos medicamentos e realiza suas respectivas classificações. A história dessas substâncias utilizadas como medicamentos e de suas aplicações nas diferentes áreas da saúde remota a muitos séculos atrás. 

Na história da medicina, nos continentes europeu e asiático, especialidades médicas que organizavam seus próprios compêndios médicos e receituários. A primeira farmacopeia livro que funciona como um catálogo de receitas e fórmulas de medicamentos em que foi reunido o conhecimento da época, vindo de três continentes. Já continha registro de produtos como iodo, mercúrio, álcool e alguns ácidos muitos dos quais permanecem no meio farmacêutico até a atualidade.


 Conceito em farmacologia 


Medicamento alopático 

Na medicina tradicional é considerado tratamento alopático aquele que gera no organismo do paciente um efeito contrário ao sintoma apresentado, com o propósito de minimizar ou eliminar tal sintonia. Por exemplo, no caso de febre, o médico receita um medicamento antitérmico, no caso de dor, um analgésico etc. 

O medicamento alopático pode ser industrial (produzido em larga escala) ou manipulado segundo prescrição médica. Ambos devem respeitar as sanitárias de produção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 


Forma Farmacêutica 

São chamadas de formas farmacêuticas as diferentes formas físicas que o medicamento pode apresentar. Para definir aquele que melhor será administrada pelo paciente, deve-se levar em consideração aspectos como precisão de dose, local de ação (como ponto específico), integridade do medicamento durante o percurso pelo organismo, idade e condições físicas do paciente. 

No caso de um idoso com limitações físicas para alcançar os pés, é mais fácil aplicar um spray ou uma pomada para tratamento das unhas do que um esmalte, porque cada vez que tiver que aplicá-lo o idoso deverá remover o esmalte anterior, lixar e limpar a unha com removedor para remoção total do pó e só então aplicar o esmalte. O spray ou a pomada exigem como preparo apenas lavar durante o banho, secar e aplicar novamente, gerando, portanto, menos dificuldades para o cliente.

 

As formas farmacêuticas mais conhecidas são as sólidas, a líquida e a semissólida.

Formas Sólidas 


Comprimidos: é uma mistura de pó ou granulados obtidos por compressão, resultado em um formato uniforme, podendo ter vários tamanhos e formas. Contém uma dose única de um ou mais princípios ativos. 

Cápsulas: geralmente feita de gelatina ou amido, mas também pode -se usar outras substâncias para sua confecção. O(s) princípios ativos(s) alojados(s) dentro do invólucro solúvel. Pode ser utilizado para líquidos, pós e granulados. Contém uma dose única. 

Goma de Mascar: material plástico insolúvel, adocicado e saboroso. Ao mastigar, libera(s) princípios(s) gradativamente na boca, com dose única. 

Adesivos: Sistema desenvolvido para efeito sistêmico de difusão do(s) princípios(s) ativos em velocidade constante, por tempo prolongado. 

Pastilha: base adocicada e saborosa, para melhor aceitação. O(s) princípios ativos(s) é (são) liberados(s) Lentamente. Pode ser dura, com dissolução mais demorada, ou mole, com dissolução mais rápida. 

 Sabonete: sua forma é variável (depende do molde), derivada de solução alcalina em gorduras vegetais ou animais. Pode conter um ou mais princípios ativos, e sua aplicação é superficial. (derme). 


O mecanismo de ação das formas farmacêuticas sólidas são:


Liberação imediata: o mais utilizado, pois o medicamento se desintegra e é absorvido rapidamente pelo organismo. 

Liberação prolongada: sua desintegração inicial é rápida e vai ficando lenta, sendo, sendo que a liberação do fármaco (princípio ativo) é feita gradualmente. Exemplo: pastilha bucal com efeito local usada para antibiótico, anestésicos e antissépticos. 

Liberação retardada: a desintegração é demorada, sendo o tipo mais comum o comprimido entérico (Por exemplo, os gastrorresistentes só desintegram no intestino, onde ocorre sua absorção, pode apresentar na forma de comprimidos revestidos). 


Formas Líquidas 

Líquido: é a substância química pura, encontrada na forma aquosa ou oleosa. 

Solução: Líquido diluído de forma homogênea em solvente apropriado ou mistura de vários solventes miscíveis. Contém um ou mais princípios ativos. 

Suspensão: é uma mistura de partículas sólidas que não se dissolvem no meio líquido. Quando em repouso, as camadas se separam. Contém um ou mais princípios ativos. 

Emulsão: mistura de dois líquidos imiscíveis (por exemplo, água e óleo). Pode conter um ou mais princípios ativos em sua formulação. 

Esmalte: solução que tem por função formar uma película sobre a lâmina ungueal. Pode conter um ou mais princípios ativos. 

Xampu: pode ser uma suspensão ou solução que contém em sua formulação um ou mais princípios ativos. Sua aplicação é feita no couro cabeludo. 

Xarope: é uma preparação farmacêutica aquosa límpida, de alta viscosidade, 

Contendo sacarose(açúcar) próxima do nível de saturação. Pode conter um ou mais princípios ativos. 


Formas semissólidas 


Creme: é uma emulsão de alta viscosidade, formada por uma fase oleosa e uma aquosa. O(s) princípios(s) pode(m) ficar dissolvidos(s) ou dispersor(s) em uma base apropriada. É utilizado na derme (pele) e em membranas ou mucosas. 

Emplasto: feito com uma base adesiva contendo um ou mais princípios ativos na formulação, seu material pode ser sintético ou natural e tem ação local. Exemplo: adesivos dérmicos. 

Gel: é feito a partir de um agente gelificante (associada a solução ou suspensão). Pode conter um ou mais princípios ativos. O gel também pode ter partículas suspensas na sua formulação. 

Pomada: solução ou suspensão de um ou mais princípios ativos, de pequena porção, associadas e uma base apropriada. 

Pasta: refere-se a uma pomada com grande quantidade de substâncias sólidas em dispersão. 

Alguns medicamentos e patologias acabam interferindo na integridade da pele – por exemplo, nos diabéticos, a pele das extremidades (como mãos e pés) Tem a tendência de ser mais seca, tornando essa região mais suscetível a lesões. Faz se necessário, portanto, hidratar essas áreas com o auxílio de medicamentos. 


Deve-se decidir a melhor forma farmacêuticas com base no tipo de pele (oleosa, Seca ou mista). 


Loção cremosa ou emulsão: sua consistência é mais líquida, indicada para todos os tipos de pele porque mantém a oleosidade natural, sendo ideal para dias quentes por evitar a sensação gordurosa. 

Creme: sua consistência é mais viscosa, servindo para todos os tipos de pele, pois sua alta viscosidade repõe água e oleosidade da derme. Indicado para dias frios, em que banhos são mais quentes, causando maior desidratação da pele. Deixa a sensação de maciez após sua aplicação. 

Óleo: sua consistência possui alta viscosidade, servindo para peles secas ou mistas. Pessoas com pele oleosa devem evitar o uso. Tem como função manter a pele com sua hidratação natural, formando uma película protetora. Indicado para dias frios ou após o banho. Deve-se evitar a utilização em dias quentes, pois o contato com o sol pode causar lesão à pele. 


Medicamentos :


Vacina: produzida com base em de partes de vírus e bactérias inativas, ou seja, não causa mal ao homem. Tem como função criar defesas imunológicas, ficando no organismo como memória imunológica (IgG) para que, quando entrar em contato com o micro-organismo, adquirindo uma infeção por vírus ou bactéria, o corpo automaticamente se defenda e evita sua proliferação, resultando em efeito nulo ou brando ao ser humano. 

Corticosteroide: substância produzida no organismo pelas glândulas suprarrenais (cortisol). Entre suas funções então o controle da quantidade de água no organismo e o auxílio na produção e na circulação de outros hormônios. Atua também como anti-inflamatório usado em tratamentos de doenças autoimune, de alergias, de processos inflamatórios e de sintomas do estresse físico (feridas), por exemplo. Pode ser sintético. O uso corticosteroides pode gerar alguns efeitos colaterais, como edema, aumento de apetite, perda de massa muscular, depressão, dependência, entre outros. 

Anti-inflamatórios: age inibindo periférica ou centralmente a síntese da ciclo-oxigenase (COXI1 eCOXI2), diminuindo a biossíntese dos mediadores da inflamação (dor, calor, rubor e tumor). Na podologia, os anti-inflamatórios mais utilizados são de ação tópica, como pomadas e cremes, para aliviar a dor, auxiliar a cicatrização e evitar contaminação por micro-organismo. 

Antitérmico ou antipirético: medicamento que atua bloqueando a formação de prostaglandinas por inibição da ciclo-oxigenase (COX), ou atuando diretamente sobre o hipotálamo, reduzindo ou evitando o aumento da temperatura corpórea (febre). Deve ser associada à hidratação do paciente (ingerir líquidos), ao uso de roupas leves e à permanência em ambiente ventilado. 

Anti coagulante e antiplaquetário (antitrombóticos):  medicamentos que atuam diminuindo a viscosidade do sangue, evitando a formação de trombos. Por consequência, porém também podem aumentar o risco de hemorragias. O uso desse medicamento deve ser acompanhado por um médico e o paciente deve sempre informar o uso. Na podologia, existe o risco de que ferimentos causados durante o procedimento causem sangramentos que não estacam, por isso deve se tomar cuidados especiais. 

Anti-histamínico: medicamentos: medicamento que atua na inativação ou na redução dos receptores de histamina (substância química responsável pelos sintomas da alergia). Indicado em processo alérgicos e anti-inflamatórios. 

Imunossupressor: medicamento que atua na divisão celular. Tem funções anti-inflamatórias e auxilia na rejeição de órgãos transplantados, bem como em tratamentos de artrite reumatoide e doença de Crohn, por exemplo. Pessoas que fazem uso desse medicamento têm seu sistema imunológico debilitado, ou seja, suscetível a infecções; por isso devem ter acompanhamento médico e autorização para a realização de procedimentos podológicos. 

 Antibióticos: substância química capaz de destruir ou inibir a multiplicação bacteriana, pode ser natural ou sintético. Não é eficaz contra o vírus. Os antibióticos são classificados por grupos em virtude de sua estrutura química, podendo ser por exemplo, penicilinas, monobactâmicos, cefalosporinas entre outros. O uso indiscriminado dos antibióticos pode acarretar resistência bacteriana. Esse medicamento deve ser receitado por médico e gera retenção de receita na farmácia. 

 

Medicamentos Tópicos 


Medicamentos tópicos é aquele de uso externo, aplicado diretamente sobre o local em que a patologia se apresenta. Alguns exemplos utilizados na podologia são: 

Ácido nítrico fumegante: Classificado como um cáustico químico de alto poder de corrosão por ter em sua composição química o óxido nítrico livre, é usado podologia para a cauterização de verrugas plantares. Sua administração deve ser feita a partir de um curativo oclusivo, evitando atingir a pele íntegra, pois pode causar queimaduras de difícil cicatrização. 

Ácido tricloroacético: também é classificado como um cáustico químico, utilizado na concentração de 10% a 90% (pode ser manipulado ou encontrado em forma alopática). Para a cauterização de verrugas, também deve se usar curativo oclusivo, evitando atingir a pele íntegra. 

Ceratolítico: Ácido salicílico com concentração superior a 40%, podendo chegar até 40%, que gera uma descamação da camada córnea da pele. Pode ser manipulado ou adquirido em formas alopáticas (medicamentos). É comum encontrar clientes que utilizam técnicas caseiras, como aplicação de AAS sobre a verruga com esparadrapo por até 24 horas, gerando ao redor da verruga uma inflamação, ou mesmo uma infecção causada pela ação do ácido; nesse caso, deve se fazer a limpeza da lesão e usar medicamentos para reconstituição do tecido lesionado, com orientação de retorno. 

Nitrogênio Líquido: Utilizado na técnica de crioterapia para congelar a verruga plantar (após diagnóstico clínico), na forma de spray com jato direcionado. Deve se proteger a pele íntegra ao redor da lesão. 

 


encerramento,

Unidade Curricular 07- UCVII

Pesquisa e fotos Aluna de Técnico de Podologia Senac- Paula Simões.

Inserção e correção de texto no blog, aluna Elis Regina, da turma 23 de Podologia Senac.





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