ONICOPATIAS INFLAMATÓRIAS
O que são onicopatias inflamatórias?
São associadas a várias doenças de pele ou doenças sistêmicas ou ocorre após um trauma externo ou efeito adverso de medicamento.
Quais patologias ungueais são consideradas onicopatias inflamatórias?
Paroníquia, Psoríase Ungueal, Líquen plano ungueal, Hematoma subungueal, Onicocriptose.
O que é Psoríase?
A psoríase é uma doença de pele bastante comum, que se
caracteriza por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas.
Essas placas aparecem com maior frequência no couro cabeludo, cotovelos e joelhos,
mas pés, mãos, unhas e a região genital também podem ser afetados. A extensão
da psoríase varia de pequenas lesões localizadas até o comprometimento de toda
a pele.
A psoríase é uma doença crônica, autoimune, não contagiosa e
que pode ser recorrente. Ela tem gravidade variável, podendo apresentar desde
formas leves e facilmente tratáveis até casos muito extensos, que levam à
incapacidade física, acometendo também as articulações.
Psoríase Vulgar ou em placas
É a forma mais comum da doença, caracterizada por lesões de
tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas esbranquiçadas
ou prateadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos. Algumas vezes
elas podem coçar, causar dor e atingir todas as partes do corpo, inclusive genitais
e dentro da boca do paciente. Nos casos considerados mais graves, a pele ao
redor das articulações pode rachar e sangrar.
Psoríase Invertida
Tem forma de manchas inflamadas e vermelhas que atingem,
principalmente, as áreas mais úmidas do corpo, onde normalmente se formam
dobras, como nas axilas, virilhas, embaixo dos seios e ao redor dos órgãos
genitais. No caso de pessoas com obesidade, esse tipo de psoríase pode ser
agravado, da mesma forma quando há sudorese excessiva e atrito na região.
Psoríase Gutata
É mais comum entre crianças e jovens com menos de 30 anos. A
psoríase gutata geralmente é desencadeada por infecções bacterianas, como as de
garganta, por exemplo. São formadas pequenas feridas, em forma de gota, que são
cobertas por uma fina “escama”. Normalmente aparecem no tronco, pernas, braços
e couro cabeludo.
Psoríase Ungueal
É o tipo de psoríase que afeta os dedos e unhas das mãos e
dos pés. Ela faz com que a unha cresça de forma anormal, engrosse e escame,
perca a cor, surgindo depressões puntiformes ou manchas amareladas. Em alguns
casos a unha acaba por se descolar da carne ou esfarelar.
Tratamentos:
Existem
diversos tipos de tratamento para psoríase, mas reduzir a inflamação, a
formação de placas, regular e normalizar a aparência da pele, para isso existem
três opções de tratamentos, tais como:
✔ Tópico
– uso de cremes e pomadas;
✔ Sistêmico
– medicamentos de uso oral, subcutâneo, intramuscular ou intravenoso;
✔ Fototerapia
– alta frequência, luz ultravioleta A e B
✔
Líquen Plano Ungueal
É uma doença inflamatória capaz de provocar alterações na matriz e o leito ungueal, causando danos irreversível caso não seja tratado a tempo. A doença apresenta um dano autoimune, com alterações promovidas aos queratinócitos basais, um processo mediado pelas células T.
As
unhas, formam estrias longitudinais, diminuição da espessura e a destruição
progressiva das unhas, podendo chegar à perda irreversível delas. Apresenta-se
de forma universal, sendo mais frequente na terceira década de vida.
As
alterações ungueais ocorrem em até 10% dos casos nos pacientes com Líquen
Plano, estudos recentes mostram que mulheres demonstram que mulheres são
acometidas 2 vezes mais que os homens.
As unhas
das mãos são mais afetadas que as dos pés, podendo apresentar evolução variável
dependendo do momento do diagnóstico.
A confirmação deve ser feita
através de biópsia da matriz ou do leito ungueal.
A
histopatologia apresenta hiperqueratose da camada córnea, hipergranulose,
hiperplastia epidérmica irregular, entre outras.
O
dermatoscópio permite melhor observação das alterações ungueais, dando maior
claridade nas alterações já mencionadas e, principalmente, a convergência dos
sulcos longitudinais ao centro da lâmina.
Doenças que podem
confundir o diagnóstico
Algumas doenças são capazes de induzir alterações similares ao LPU, as mais comuns são:
✔ Traumas
ungueais;
✔ Tumores
que comprimem a matriz ungueal, mudanças relacionadas com a idade;
✔ Líquen
estriado.
Formas raras do LPU
✔ Líquen estriado – dermatose linear de etiologia
desconhecida, autolimitada, acometendo um único digito. Pode haver remissão
espontânea.
✔ Líquen nítido – acometimento ungueal
com alterações superficiais como pits, onicorrexe e fragilidade ungueal;
✔ Líquen escleroso e líquen aureus –
acometimento ungueal excepcional, poucos casos descritos na literatura.
Tratamentos:
Vai variar de caso para caso e visa controlar o processo inflamatório que causa as lesões e a coceira. Podem ser medicamentos de uso local ou via oral. O tratamento pode durar meses até a recuperação total, pois é uma doença rebelde, necessitando o uso de várias medicações para obter o resultado desejado.
Hematoma Subungueal:
É causa por atritos e traumas de calçados inadequados ou atividades físicas e acidentes domésticos. Sua coloração varia de vermelho intenso ao azulado e enegrecido. Enquanto estiver vermelho intenso e azul o sangue extravasado inda está líquido e pode ser drenado, já na fase enegrecida, o sangue já está seco e coagulado.
✔ Trauma
agudo com severa dor;
✔ Causado pelo rompimento de vasos sanguíneos,
com consequente extravasamento de sangue na pele;
✔ O
tecido é fortemente comprimido pelo sangue extravasado que se acumula entre
duas estruturas rígidas: a unha e a falange distal.
✔ Quando
o hematoma é menor que 25% da porção visível da unha, ele pode ser drenado com
bisturi ou cautério. Após esse procedimento é necessário fazer curativo;
✔ Quando
o hematoma é maior que 25% da porção visível da unha, pode haver injuria do
leito ungueal.
Deve-se furar a lâmina com brocas para drenagem da bolsa de
sangue. Este procedimento só pode ser efetuado entre três e quatro dias em que
o sangue se encontra líquido. Dependendo da cor e da sensibilidade, as lesões
maiores demoram mais tempo para coagularem. Quando a lesão se torna enegrecida,
neste caso o procedimento não é mais de drenagem, mas deslaminação e curetagem,
posteriormente podemos cobrir o leito com órtese acrílica ou de resina.
Observamos que a queixa de dor é maior quando a lesão está vermelho vivo, quando drenamos a lâmina a dor cessa no mesmo instante. Na fase azulada, a dor se torna moderada, mesmo assim devemos drenar para preservar a lâmina ungueal. Na fase enegrecida, a dor é inexistem.
Um hematoma subungueal pode ser
localizada em dois níveis:
Superficial – está localizado no leito e tem tratamento mais
fácil podendo evoluir espontaneamente. É causa por micro traumas, originados da
prática de esportes e algumas vezes pode haver a queda da lâmina.
Profundo – está localizado na derme, caso não tratado pode
deixar sequelas permanentes como: interrupção do crescimento da lâmina total ou
parcial, desvios, onicólise e atrofias ungueais.
Onicocriptose
É a unha em cripta“ou “Unha encravada”, a penetração de uma espícula na epiderme ou tecidos macios do dedo, ou na extremidade distal do artelho. O fator mecânico desempenha o principal papel para o aparecimento da patologia, ocorrendo pressão aumentada em diferentes direções, direta ou indireta, ente a lâmina e as pregas ungueais.
Pode ser lateral ou bilateral.
Esta pressão é fator determinante para o encravamento.
A evolução desse quadro leva a dor espontâne e na maioria das vezes, a Infecção com formação de tecido granular, provocada pela espícula em resposta do organismo á presença de um corpo estranho ou por qualquer tipo de agressão como: física, traumática, química ou biológica. Pode ocorrer por várias outras razões, mas a mais frequente é o corte incorreto e por uso de calçados inadequados, curvatura acentuada da lâmina e deformidade ortopédica.
Causas:
Calçado inadequado
Foi criado para proteger e adaptar-se à formação e
comportamento dinâmico do pé, mas a moda transformou-o num objeto de beleza
externa e tortura interior.
Por curvatura acentuada da lâmina
A curvatura por si só não causa a onicocriptose, o que leva
é o indivíduo ao corte incorreto, deixando espículas laterais por falta de
acesso ao final da lâmina ou ao cortá-las muito curtas, assim estas penetram
nas pregas Por deformidade ortopédicas periungueais provocando a onicocriptose.
Por deformidades ortopédicas
Do Leito ungueal
É mais comum
em homens que usam sapatos de couro, social, quando na marcha a dobra do ante
pé se faz na região da matriz ungueal. Sua característica geralmente é de unha
espessa, cor amarelada, dura na parte externa e amolecida na parte proximal.
Morfologias dos pés:
3) Quando se dorme de barriga para
cima, a pressão dos cobertores sobre os dedos em pacientes que têm a
sensibilidade diminuída (diabéticos) associada a outros fatores (ex. pressão do
dedo sobre o colchão).
4) Hiperidrose:
Permite com facilidade que a unha se
incruste no tecido macio.
5) Unhas muito curtas:
Quando a unha fica “submergida”
devido ao mau corte e entra em confronto com o calçado
6) Traumatismos constantes:
Quando acontecem pisadelas,
tropeções, queda de objetos pesados etc.
Processo
violento
- Golpes;
- Meias grossas e justas;
- Calçados inadequados;
- Esportes violentos;
- Traumatismos.
Tratamento:
Corte da
unha adequado, utilizando instrumentos cortantes esterilizados e/ou
descartáveis;
Uso de
emoliente e técnicas especializadas que diminuem o risco de dor;
A extração
da unha deve ser evitada pois, quando ela voltar a crescer, pode encravar
novamente;
Após o
procedimento de retirada da espícula (espiculatectomia) é feito um curativo
(ocluir) até a total cicatrização;
Também é
necessário um acompanhamento do crescimento da lâmina ungueal até a borda livre
para que não volte a encravar.
Onicocriptose em Bebês
A
Onicocriptose em recém-nascidos e lactantes não é muito comum, mas também não é
rara. Sua causa é quase sempre por uso de roupas inadequadas como:
macacões, meias, mijõezinhos, corte incorreto etc., seu uso constante pode
deformar as unhas do bebê levando a Onicocriptose. A deformidade congênita do
formato do corpo da unha também leva ao aparecimento da Onicocriptose.
Tratamento e
Prevenção em Bebês
✔ Fazer
o corte correto da lâmina ungueal;
✔ Em
caso de espícula, fazer a remoção;
✔ Aplicar
bandagem para abertura da prega ungueal;
✔ Massagear
as bordas ungueais como forma de prevenir a Onicocriptose.
Uso das órteses
Aparelhos
colocados sobre a unha que passam a fazer tração como uma alavanca, para
direcioná-la;
É indolor e
proporciona excelentes resultados, fazendo com que a lâmina deformada volte a
ter uma anatomia normal, evitando assim tratamentos mais agressivos como a
Onicoectomia.
Classificação:
Onicocriptose grau I - Com espícula.
Sintoma: dor subjetiva;
Onicocriptose grau II - Com
infecção. Sintoma: dor e secreção sanguínea ou purulenta;
Onicocriptose grau III - Com
granuloma. Sintoma: dor, secreção e hipertrofia da prega lateral acometida;
Onicocriptose grau IV – Com
granuloma piogênico. Sintoma: dor, secreção, sangramento e hipertrofia da prega
lateral acometida.
O tratamento de feridas refere-se à proteção da lesão contra ação de agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos.
O objetivo é de riscos de complicações decorrentes.
Antes de selecionar e aplicar o curativo, é necessária uma avaliação completa da ferida, do seu grau de contaminação, da maneira como está e como foi produzida.
Feridas e suas classificações
A ferida se torna uma úlcera após seis semanas de evolução
sem intenção de cicatrizar.
Pele íntegra, com sinais de hiperemia, descoloração ou endurecimento;
Avaliando a ferida:
Vermelho escuro; sem brilho ou ressecado; Sangra com abundância.
Avaliação do estado da ferida:
Ocorre uma proliferação de vasos sanguíneos que causa uma lesão tumoral secundária a um traumatismo;
Considerada uma lesão multifatorial e reacional, é resultante de agressões repetitivas, micro traumatismos e irritação local.
Onicopatias Inflamatórias
O granuloma
pode apresentar de maneira diferente, como o granuloma teleangiectásico sem
colônia de bactérias, granuloma piogênico que é associado à infestação
bacteriana e o granuloma fibrosado que é um granuloma agudo que se não tratado
com o tempo torna-se crônico e as fibras se acumulam formando um fibroma
adquirido.
Fisiopatologia
Lesão
tumoral avermelhada ou arroxeada, úmida, de consistência mole e que sangra com
facilidade quando sofre qualquer trauma;
Cresce
rapidamente e o sangramento pode ser substituído pelo desenvolvimento de
crostas escurar sobre a lesão;
O tumor é
geralmente solitário.
Tratamento - granuloma
Assepsia.
Uso de emolientes e técnicas especializadas
que diminuem o risco de dor. Ex: Anex.
Retirada de espícula (pedaço de unha) que está
penetrada na prega ungueal.
Como o granuloma faz parte do tecido
cicatricial, são células de cicatrização, com a retirada da espícula,
essas células perdem a função e começam a necrosar.
É um
trabalho em conjunto, pois dependerá do paciente a evolução da cicatrização.
Escolha da
técnica satisfatória.
Cuidado com
o calçado usado nos pós procedimento.
Não cortar
as lâminas em casa.
Alimentação x Cicatrização
“Certas
substâncias encontradas em alimentos ajudam a reconstruir o tecido lesionado.
Na contrapartida, há itens que devem ficar de escanteio sem dó nem piedade em
prol de uma cicatrização rápida.
✔ Fique longe de... Ovos, chocolates e
embutidos em geral.
✔ Camarão -O crustáceo tem
concentrações elevadas de quitosana, uma molécula que favorece a inflamação da
pele.
✔ Carne de porco- Ela também inflama a
cútis, o que pode elevar além da conta a produção de colágeno e gerar uma super
cicatrização – o queloide.
✔ Soja- As isoflavonas da leguminosa estimulam a
liberação de substâncias do corpo que rendem mais e mais inflamação na ferida.
Aposte em...
✔ Fontes de vitamina C - presente em frutas, como laranja, pêssego e acerola são bons exemplos. O nutriente é essencial para a formação adequada do colágeno, proteína que regenera o tecido.
✔ Castanhas, nozes e afins - além de
contarem com gorduras benéficas, com poder anti-inflamatório, elas são boas
fontes de zinco e mineral que garantem o equilíbrio entre produção e degradação
de colágeno.
✔ Peixes e carnes magras - os cortes
magros de carne vermelha dão incentivo especial para a formação do colágeno. Já
os pescados fornecem ômega-3, gordura que barra inflamações.
✔ Vegetais arroxeados - a cor indica a
oferta de antocianina, um dos antioxidantes mais efetivos para a pele. Cereja,
beterraba e berinjela estão cheias dela.
Orientação ao paciente
✔ um mau corte da unha pode resultar em
encravamento.
✔ não retome os hábitos antigos após verificar
melhoras, pois o problema terá uma forte tendência a reaparecer.
Curativo
É um procedimento
terapêutico que consiste na limpeza, no qual toda substância e soluções
necessárias são empregadas diretamente no ferimento.
As técnicas
empregadas na realização de curativos, irão depender do tipo da lesão, se há
processo inflamatório ou infeccioso, presença ou não de espícula, presença ou
não de granuloma, aspectos do granuloma e exsudato.
Na podologia usamos os tipos de curativos oclusivos e
abertos, dependendo de cada caso e grau do granuloma. Podemos usar os seguintes
medicamentos na oclusão:
Tipos de curativos
oclusivos
✔ Cimento Cirúrgico;
✔ Alginato de cálcio;
Cimento Cirúrgico, deve ser misturado em dapen.
Obs.: pode ser usado O.E de melaleuca, AGE ou ANEX.
Aplicação da mistura com fiapos de gaze na prega ungueal,
após cobrir com compressa de gaze e ocluir com malha tubular. Retorno dentro de
24 à 48 horas e não molhar o curativo, após a retirada do curativo.
Onicocriptose sem infecção e com ou sem granuloma grau II
(1ª opção)
Caso a espícula tenha sido removida, sem a presença de exsudato purulento (somente inflamação): a limpeza com SF 0,9%, entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de soro fisiológico em jato.
Aplicação de ozônio, através do contato de
eletrodo, tipo cachimbo, do equipamento de alta frequência com a lesão, sem
faiscamento, por 3 minutos.
Aplicação de 1 a 3 j/cm² (inflamação) ou 4 a 6
j/cm² 9 (cicatrização), de laser terapêutico vermelho, sobre o leito da lesão.
Aplicação de
anteparo de fibra de alginato de cálcio com S.F ou óleo essencial COPAÍBA
(cobertura primária).
Aplicar
cobertura secundária com compressa de gaze estéril, e proteger com atadura
elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.
Manter o
curativo fechado, sem molhar, pelo período de 2 a 4 dias, no máximo.
No retorno,
o profissional deve observar: evolução do processo inflamatório, presença de
espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.
Conforme a
evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos,
seguindo os mesmos passos até a cicatrização.
Onicocriptose sem infecção e com ou sem granuloma grauII
(2ª opção)
Caso a espícula tenha sido removida a
contento e sem a presença de exsudato purulento (somente inflamação): a limpeza
com SF 0,9%, entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de soro fisiológico em jato.
Suprimida a aplicação de alta frequência
(ozônio) e/ou laser terapêutico. Caso o profissional disponha de apenas um desses
equipamentos, ele poderá utilizá-lo, conforme o protocolo anterior, “1”.
Aplicação de anteparo de fibra de alginato
de cálcio ou Aquacel Ag., embebido com duas gotas de Ácido Graxo Essencial
(AGE), ou óleo essencial de melalêuca ou copaíba (cobertura primária.
Aplicar cobertura secundária com compressa
de gaze estéril, e proteger com atadura elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.
Manter o curativo fechado, sem molhar, pelo
período de 2 a 4 dias, no máximo.
No retorno,
o podologista deverá observar: evolução do processo inflamatório, presença de
espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.
Conforme a
evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos,
seguindo os mesmos passos até a cicatrização.
Onicocriptose sem infecção e com ou sem granuloma
grau III e IV
Caso a
espícula tenha sido removida a contento e sem a presença de exsudato purulento
(somente inflamação): a limpeza com SF 0,9%, entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de
soro fisiológico em jato.
Realizar a
aplicação de ozônio e ou do lazer terapêutico. Caso o profissional disponha de
apenas um desses equipamentos, ele poderá utilizá-lo, conforme o protocolo
anterior “1”.
Caso seja aplicado o laser terapêutico vermelho, a densidade de energia depositada no tecido deverá ser de 3 j/cm2, até a diminuição do granuloma e de 4 a 6 j/cm2 para a cicatrização.
Aplicação de
cimento cirúrgico, preparado com o pó mesclado a duas ou três gotas de AGE ou
óleo essencial de melaléuca e/ou de copaíba.
Aplicar
cobertura secundária com compressa de gaze estéril, e proteger com atadura
elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.
Manter o
curativo fechado, sem molhar, pelo período de 2 a 4 dias, no máximo.
No retorno,
o profissional deve observar: evolução do processo inflamatório, presença de
espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.
Conforme a
evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos,
seguindo os mesmos passos até a cicatrização.
Onicocriptose com infecção e com ou sem granuloma
grau II- 1 ª opção
Caso a espícula tenha sido removida, sem a
presença de exsudato purulento (somente inflamação): a limpeza com SF 0,9%,
entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de soro fisiológico em jato.
Aplicação de ozônio, através do contato de
eletrodo, tipo cachimbo, do equipamento de alta frequência com a lesão, sem
faiscamento, por 3 minutos.
Aplicação de 1 a 3 j/cm² (inflamação) ou 4 a 6
j/cm² 9 (cicatrização), de laser terapêutico vermelho, sobre o leito da lesão.
Aplicação de
anteparo de fibra de alginato de cálcio com S.F ou óleo essencial COPAÍBA
(cobertura primária).
Aplicar
cobertura secundária com compressa de gaze estéril, e proteger com atadura
elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.
Manter o
curativo fechado, sem molhar, pelo período de 2 a 4 dias, no máximo.
No retorno,
o profissional deve observar: evolução do processo inflamatório, presença de
espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.
Conforme a
evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos,
seguindo os mesmos passos até a cicatrização.
Onicocriptose com infecção e com ou sem granuloma
grau II-2 ª opção
Caso a espícula tenha sido removida a
contento e sem a presença de exsudato purulento (somente inflamação): a limpeza
com SF 0,9%, entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de soro fisiológico em jato.
Suprimida a aplicação de alta frequência
(ozônio) e/ou laser terapêutico. Caso o profissional disponha de apenas um desses
equipamentos, ele poderá utilizá-lo, conforme o protocolo anterior, “1”.
Aplicação de anteparo de fibra de alginato
de cálcio ou Aquacel Ag., embebido com duas gotas de Ácido Graxo Essencial
(AGE), ou óleo essencial de melalêuca ou copaíba (cobertura primária.
Aplicar cobertura secundária com compressa
de gaze estéril, e proteger com atadura elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.
Manter o curativo fechado, sem molhar, pelo
período de 2 a 4 dias, no máximo.
No retorno,
o podologista deverá observar: evolução do processo inflamatório, presença de
espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.
Conforme a
evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos,
seguindo os mesmos passos até a cicatrização.
Onicocriptose sem infecção e com ou sem granuloma
grau III e IV
Caso a
espícula tenha sido removida a contento e sem a presença de exsudato purulento
(somente inflamação): a limpeza com SF 0,9%, entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de
soro fisiológico em jato.
Realizar a
aplicação de ozônio e ou do lazer terapêutico. Caso o profissional disponha de
apenas um desses equipamentos, ele poderá utilizá-lo, conforme o protocolo
anterior “1”.
Caso seja
aplicado o laser terapêutico vermelho, a densidade de energia depositada no
tecido deverá ser de 3 j/cm2, até a diminuição do granuloma e de 4 a 6 j/cm2
para a cicatrização.
Aplicação de
cimento cirúrgico, preparado com o pó mesclado a duas ou três gotas de AGE ou
óleo essencial de melaléuca e/ou de copaíba.
Aplicar
cobertura secundária com compressa de gaze estéril, e proteger com atadura
elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.
Manter o
curativo fechado, sem molhar, pelo período de 2 a 4 dias, no máximo.
No retorno,
o profissional deve observar: evolução do processo inflamatório, presença de
espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.
Conforme a
evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos,
seguindo os mesmos passos até a cicatrização.
Onicocriptose com infecção e com ou
sem granuloma grau II
Caso a
espícula tenha sido removida a contento e sem a presença de exsudato purulento
(somente inflamação): a limpeza com SF 0,9%, entre 36,5º e 27ºC. Aplicação de
soro fisiológico em jato.
Aplicação de
ozônio, através do contato de eletrodo, tipo cachimbo, do equipamento de alta
frequência com a lesão, sem faiscamento, por 3 minutos.
Terapia
fotodinâmica: aplicação de azul de metileno ou azul de toluidina sobre o leito
da lesão, deixando descansar por um período de 5 a 10 minutos, para que
aconteça a absorção pelo tecido lesado; depois, procede-se a aplicação de
12j/cm2 de laser terapêutico vermelho, sobre o leito da lesão.
Após o
desaparecimento do exsudato purulento, aplica-se o laser terapêutico vermelho,
sem a necessidade da terapia fotodinâmica. A densidade de energia a ser
depositadas neste processo é de 4 a 6 j/cm2.
Aplicação de
cimento cirúrgico, preparado com o pó mesclado a duas ou três gotas de
eritromicina tópica ou óleo essencial de melaléuca e/ou de copaíba.
Após a
diminuição ou desaparecimento do granuloma, preconiza-se a realização de
curativo e coberturas, conforme os itens “1 e 2” deste protocolo.
Aplicar
cobertura secundária com compressa de gaze estéril.
Proteger com
atadura elástica (tipo COBAN) ou gaze tubular.
Onicocriptose com infecção e com ou
sem granuloma grau II
Manter o
curativo fechado, sem molhar, pelo período de 2 a 4 dias, no máximo.
No retorno,
o profissional deve observar: evolução do processo inflamatório, presença de
espícula, presença de exsudato e suas características e nível de cicatrização.
Conforme a
evolução: caso apresente boa evolução, recomenda-se realizar novos curativos,
seguindo os mesmos passos até a cicatrização.
Fotos de atendimentos com onicriptose, traumas e granuloma:
Fisiopatologia genérica
Como
resposta do organismo ao agente agressor, o flogógeno (agente inflamatório) age
sobre os tecidos induzindo a liberação de mediadores químicos vasoativos, ou
seja, irão atuar na parede do vaso, promovendo a sua vasodilatação e aumento da
permeabilidade, com a saída de plasma e de células para o tecido lesionado.
•
O que é inflamação?
•
Como você reconhece uma inflamação?
•
Dá febre?
Inflamação:
É uma
resposta fisiológica do organismo ao dano tecidual local, pode ser apenas
traumático ou ter microrganismos associados.
O
processo inflamatório envolve várias células do sistema imune e vasos
sanguíneos.
Fisiopatologia genérica
Como
resposta do organismo ao agente agressor, o flogógeno (agente inflamatório) age
sobre os tecidos induzindo a liberação de mediadores químicos vasoativos, ou
seja, irão atuar na parede do vaso, promovendo a sua vasodilatação e aumento da
permeabilidade, com a saída de plasma e de células para o tecido lesionado.
Após lesão:
Existem dois tipos de mediadores químicos:
– MEDIADORES QUÍMICOS DE AÇÃO RÁPIDA: Como o próprio nome já
diz, promove a liberação logo que entra em contato com o agente agressor,
liberando:
Serotonina e Histamina (promovem a vasodilatação e ↑ da
permeabilidade).
- MEDIADORES QUÍMICOS DE AÇÃO PROLONGADA: Estes são
liberados durante todo o processo inflamatório, até que o agente seja eliminado
totalmente do tecido, sendo:
Bradicinina e Prostaglandina (promovem a vasodilatação, ↑ da
permeabilidade e também promovem a quimiotaxia, que corresponde na atração de
leucócitos para área atingida)
O leucócito que mais libera esses mediadores no interstício
são os mastócitos. Esses mediadores irão atuar no vaso sanguíneo, e logo em
seguida começaram a aparecer os sinais flogísticos ou cardinai
Sua função é
eliminar a causa inicial da lesão:
Sinais flogísticos ou cardiais:
O
aumento da permeabilidade e do fluxo sanguíneo, consiste na saída de plasma
para o interstício, causado o EDEMA.
A PERDA DA FUNÇÃO vai ser o último sinal flogístico, pois
essa inflamação pode ocasionar o impedimento da função fisiológica do local
lesionado.
Inflamação Aguda
Pode ser
ocasionada por patógenos orgânicos, agentes químicos ou traumas mecânicos.
1- Resposta vascular com vasodilatação que gera rubor e calor;
2- Aumento da permeabilidade vascular gerando edema;
3-Aumento da pressão tissular causando dor (tensão e compressão
às terminações nervosas);
4- Seguindo-se a perda de função.
A
resposta celular na inflamação aguda é mediada por neutrófilos, basófilos,
mastócitos, eosinófilos, macrófagos, células dendríticas e epiteliais.
Os principais mediadores químicos envolvidos na inflamação
agudam são bradicinina, fibrinogênio e prostaglandinas, além das histaminas;
Uma vez que a causa da inflamação é removida, a resposta inflamatória cessa e algumas citocinas (são proteínas que modulam a função de outras células ou da própria célula que as geraram) iniciam o processo de cicatrização.
O acúmulo de células mortas e microrganismos, em conjunto com fluidos acumulados e várias proteínas, formaram o que é conhecido como pus (infecção). Mas uma vez que a causa da inflamação é removida, a resposta inflamatória cessa e inicia-se o processo de cicatrização.
Se o agente
causador da inflamação aguda persistir, tem início ao processo de inflamação
crônica. Este processo pode durar vários dias, meses ou anos. É caracterizado
por inflamação ativa (infiltração de células mononucleares), com destruição
tecidual e tentativa de reparar os danos (cicatrização).
Muitas vezes, acontece de maneira
insidiosa, como uma reação pouco intensa e, frequentemente, assintomática.
Os
macrófagos ativos secretam vários mediadores da inflamação, os quais, se não
controlados, podem levar à destruição tecidual e fibrose características desse
tipo de inflamação.
A inflamação crônica é caracterizada pela ativação imune
persistente com presença dominante de macrófagos no tecido lesionado.
Os
macrófagos liberam mediadores que, a longo prazo, tornam-se prejudiciais não só
para o agente causador da inflamação, mas também para os tecidos da pessoa,
sendo assim, esse tipo de inflamação quase sempre está associado com lesão
tecidual.
As causas da inflamação crônica são, principalmente:
infecções persistentes; exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos,
endógenos ou exógenos; autoimunidade, dentre outras.
Entre os
processos inflamatórios crônicos conhecidos estão: artrite, asma e processos
alérgicos, alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares, síndromes
intestinais, doença celíaca e diabetes.
Qual a diferença entre inflamação X infecção
É
causada por um agente patogênico (vírus, bactéria etc.), o invasor se instala
no local e se prolifera.
Muitos
processos infecciosos ocorrem quando o sistema imune se encontra fragilizado,
facilitando a entrada e a multiplicação do agente.
FARMACOLOGIA
A farmacologia é a área que estuda as propriedades químicas dos medicamentos e realiza suas respectivas classificações. A história dessas substâncias utilizadas como medicamentos e de suas aplicações nas diferentes áreas da saúde remota a muitos séculos atrás.
Na história da medicina, nos continentes europeu e asiático,
especialidades médicas que organizavam seus próprios compêndios médicos e
receituários. A primeira farmacopeia livro que funciona como um catálogo de
receitas e fórmulas de medicamentos em que foi reunido o
conhecimento da época, vindo de três continentes. Já continha registro de
produtos como iodo, mercúrio, álcool e alguns ácidos muitos dos quais
permanecem no meio farmacêutico até a atualidade.
Conceito
em farmacologia
Medicamento
alopático
Na medicina tradicional é considerado tratamento alopático
aquele que gera no organismo do paciente um efeito contrário ao sintoma
apresentado, com o propósito de minimizar ou eliminar tal sintonia. Por
exemplo, no caso de febre, o médico receita um medicamento antitérmico, no caso
de dor, um analgésico etc.
O medicamento alopático pode ser industrial (produzido em
larga escala) ou manipulado segundo prescrição médica. Ambos devem
respeitar as sanitárias de produção da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa).
Forma
Farmacêutica
São chamadas de formas farmacêuticas as diferentes
formas físicas que o medicamento pode apresentar. Para definir aquele que
melhor será administrada pelo paciente, deve-se levar em consideração
aspectos como precisão de dose, local de ação (como ponto específico),
integridade do medicamento durante o percurso pelo organismo, idade e condições
físicas do paciente.
No caso de um idoso com limitações físicas para alcançar os pés, é mais fácil aplicar um spray ou uma pomada para tratamento das unhas do que um esmalte, porque cada vez que tiver que aplicá-lo o idoso deverá remover o esmalte anterior, lixar e limpar a unha com removedor para remoção total do pó e só então aplicar o esmalte. O spray ou a pomada exigem como preparo apenas lavar durante o banho, secar e aplicar novamente, gerando, portanto, menos dificuldades para o cliente.
As formas farmacêuticas mais
conhecidas são as sólidas, a líquida e a semissólida.
Formas
Sólidas
Comprimidos: é uma mistura de pó ou granulados
obtidos por compressão, resultado em um formato uniforme, podendo ter vários
tamanhos e formas. Contém uma dose única de um ou mais princípios ativos.
Cápsulas: geralmente feita de gelatina ou amido,
mas também pode -se usar outras substâncias para sua confecção. O(s) princípios
ativos(s) alojados(s) dentro do invólucro solúvel. Pode ser utilizado para
líquidos, pós e granulados. Contém uma dose única.
Goma de Mascar: material plástico insolúvel,
adocicado e saboroso. Ao mastigar, libera(s) princípios(s) gradativamente na
boca, com dose única.
Adesivos: Sistema desenvolvido para efeito
sistêmico de difusão do(s) princípios(s) ativos em velocidade constante, por
tempo prolongado.
Pastilha: base adocicada e saborosa, para
melhor aceitação. O(s) princípios ativos(s) é (são) liberados(s)
Lentamente. Pode ser dura, com dissolução mais demorada, ou mole, com
dissolução mais rápida.
O mecanismo de ação das formas
farmacêuticas sólidas são:
Liberação imediata: o mais utilizado, pois o
medicamento se desintegra e é absorvido rapidamente pelo organismo.
Liberação prolongada: sua desintegração inicial é
rápida e vai ficando lenta, sendo, sendo que a liberação do fármaco (princípio
ativo) é feita gradualmente. Exemplo: pastilha bucal com efeito local usada
para antibiótico, anestésicos e antissépticos.
Liberação retardada: a desintegração é demorada,
sendo o tipo mais comum o comprimido entérico (Por exemplo, os
gastrorresistentes só desintegram no intestino, onde ocorre sua absorção, pode
apresentar na forma de comprimidos revestidos).
Formas
Líquidas
Líquido: é a substância química pura,
encontrada na forma aquosa ou oleosa.
Solução: Líquido diluído de forma homogênea em solvente
apropriado ou mistura de vários solventes miscíveis. Contém um ou mais
princípios ativos.
Suspensão: é uma mistura de partículas sólidas
que não se dissolvem no meio líquido. Quando em repouso, as camadas se separam.
Contém um ou mais princípios ativos.
Emulsão: mistura de dois líquidos imiscíveis
(por exemplo, água e óleo). Pode conter um ou mais princípios ativos em sua
formulação.
Esmalte: solução que tem por função formar uma
película sobre a lâmina ungueal. Pode conter um ou mais princípios
ativos.
Xampu: pode ser uma suspensão ou solução que
contém em sua formulação um ou mais princípios ativos. Sua aplicação é feita no
couro cabeludo.
Xarope: é uma preparação farmacêutica aquosa
límpida, de alta viscosidade,
Contendo sacarose(açúcar) próxima do nível de saturação.
Pode conter um ou mais princípios ativos.
Formas
semissólidas
Creme: é uma emulsão de alta viscosidade,
formada por uma fase oleosa e uma aquosa. O(s) princípios(s) pode(m) ficar
dissolvidos(s) ou dispersor(s) em uma base apropriada. É utilizado na derme
(pele) e em membranas ou mucosas.
Emplasto: feito com uma base adesiva contendo um
ou mais princípios ativos na formulação, seu material pode ser sintético ou
natural e tem ação local. Exemplo: adesivos dérmicos.
Gel: é feito a partir de um agente gelificante
(associada a solução ou suspensão). Pode conter um ou mais princípios ativos. O
gel também pode ter partículas suspensas na sua formulação.
Pomada: solução ou suspensão de um ou mais
princípios ativos, de pequena porção, associadas e uma base apropriada.
Pasta: refere-se a uma pomada com grande quantidade
de substâncias sólidas em dispersão.
Alguns medicamentos e patologias acabam interferindo na integridade da pele – por exemplo, nos diabéticos, a pele das extremidades (como mãos e pés) Tem a tendência de ser mais seca, tornando essa região mais suscetível a lesões. Faz se necessário, portanto, hidratar essas áreas com o auxílio de medicamentos.
Deve-se
decidir a melhor forma farmacêuticas com base no tipo de pele (oleosa, Seca ou
mista).
Loção cremosa ou emulsão: sua consistência é
mais líquida, indicada para todos os tipos de pele porque mantém a oleosidade
natural, sendo ideal para dias quentes por evitar a sensação gordurosa.
Creme: sua consistência é mais viscosa, servindo para
todos os tipos de pele, pois sua alta viscosidade repõe água e oleosidade da
derme. Indicado para dias frios, em que banhos são mais quentes, causando
maior desidratação da pele. Deixa a sensação de maciez após sua
aplicação.
Óleo: sua consistência possui alta viscosidade,
servindo para peles secas ou mistas. Pessoas com pele oleosa devem evitar o
uso. Tem como função manter a pele com sua hidratação natural, formando
uma película protetora. Indicado para dias frios ou após o banho. Deve-se
evitar a utilização em dias quentes, pois o contato com o sol pode causar lesão
à pele.
Medicamentos :
Vacina: produzida com base em de partes de vírus
e bactérias inativas, ou seja, não causa mal ao homem. Tem como função criar
defesas imunológicas, ficando no organismo como memória imunológica (IgG)
para que, quando entrar em contato com o micro-organismo, adquirindo uma
infeção por vírus ou bactéria, o corpo automaticamente se defenda e evita
sua proliferação, resultando em efeito nulo ou brando ao ser humano.
Corticosteroide: substância produzida no
organismo pelas glândulas suprarrenais (cortisol). Entre suas funções então o
controle da quantidade de água no organismo e o auxílio na produção e na
circulação de outros hormônios. Atua também como anti-inflamatório usado em
tratamentos de doenças autoimune, de alergias, de processos inflamatórios e de
sintomas do estresse físico (feridas), por exemplo. Pode ser sintético. O uso
corticosteroides pode gerar alguns efeitos colaterais, como edema,
aumento de apetite, perda de massa muscular, depressão, dependência, entre
outros.
Anti-inflamatórios: age inibindo periférica ou
centralmente a síntese da ciclo-oxigenase (COXI1 eCOXI2), diminuindo a
biossíntese dos mediadores da inflamação (dor, calor, rubor e tumor). Na
podologia, os anti-inflamatórios mais utilizados são de ação tópica, como
pomadas e cremes, para aliviar a dor, auxiliar a cicatrização e evitar
contaminação por micro-organismo.
Antitérmico ou antipirético: medicamento que
atua bloqueando a formação de prostaglandinas por inibição da ciclo-oxigenase
(COX), ou atuando diretamente sobre o hipotálamo, reduzindo ou evitando o
aumento da temperatura corpórea (febre). Deve ser associada à hidratação do
paciente (ingerir líquidos), ao uso de roupas leves e à permanência em
ambiente ventilado.
Anti coagulante e antiplaquetário
(antitrombóticos): medicamentos que atuam diminuindo a viscosidade
do sangue, evitando a formação de trombos. Por consequência, porém também podem
aumentar o risco de hemorragias. O uso desse medicamento deve ser acompanhado
por um médico e o paciente deve sempre informar o uso. Na podologia, existe o
risco de que ferimentos causados durante o procedimento causem sangramentos que
não estacam, por isso deve se tomar cuidados especiais.
Anti-histamínico: medicamentos: medicamento que
atua na inativação ou na redução dos receptores de histamina (substância
química responsável pelos sintomas da alergia). Indicado em processo alérgicos
e anti-inflamatórios.
Imunossupressor: medicamento que atua na divisão
celular. Tem funções anti-inflamatórias e auxilia na rejeição de órgãos
transplantados, bem como em tratamentos de artrite reumatoide e doença de
Crohn, por exemplo. Pessoas que fazem uso desse medicamento têm seu sistema
imunológico debilitado, ou seja, suscetível a infecções; por isso devem ter
acompanhamento médico e autorização para a realização de procedimentos
podológicos.
Medicamentos
Tópicos
Medicamentos tópicos é aquele de uso externo, aplicado
diretamente sobre o local em que a patologia se apresenta. Alguns exemplos
utilizados na podologia são:
Ácido nítrico fumegante: Classificado como um
cáustico químico de alto poder de corrosão por ter em sua composição química o
óxido nítrico livre, é usado podologia para a cauterização de verrugas
plantares. Sua administração deve ser feita a partir de um curativo
oclusivo, evitando atingir a pele íntegra, pois pode causar queimaduras de
difícil cicatrização.
Ácido tricloroacético: também é classificado como um
cáustico químico, utilizado na concentração de 10% a 90% (pode ser manipulado
ou encontrado em forma alopática). Para a cauterização de verrugas, também deve
se usar curativo oclusivo, evitando atingir a pele íntegra.
Ceratolítico: Ácido salicílico com
concentração superior a 40%, podendo chegar até 40%, que gera uma
descamação da camada córnea da pele. Pode ser manipulado ou adquirido em formas
alopáticas (medicamentos). É comum encontrar clientes que utilizam técnicas
caseiras, como aplicação de AAS sobre a verruga com esparadrapo por até 24
horas, gerando ao redor da verruga uma inflamação, ou mesmo uma infecção
causada pela ação do ácido; nesse caso, deve se fazer a limpeza da lesão e usar
medicamentos para reconstituição do tecido lesionado, com orientação de
retorno.
Nitrogênio Líquido: Utilizado na técnica de
crioterapia para congelar a verruga plantar (após diagnóstico clínico), na
forma de spray com jato direcionado. Deve se proteger a pele íntegra ao redor
da lesão.
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