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DERMATITES e DERMATOSES- Crioterapia / Unidade Curricular 10-UC X.

 

Dermatites e Dermatoses

 

Termo geral usado para vários tipos de inflamação cutânea.


Eczema: sinônimo


Existem vários tipos de dermatites


O que é Dermatite?

É uma reação alérgica da pele que gera eritema e edema, coceira, descamação e

formação de vesículas com prurido transparente, que podem aparecer em algumas áreas do corpo ou espalhadas pelo corpo todo, favorecendo a formação de crostas e com progressão do quadro a pele torna-se espessa.

Pode surgir em qualquer idade, principalmente por alergia ou contato com:



 A dermatite tem cura e o seu tratamento depende do seu tipo e causa, pode ser feito com remédios ou cremes prescritos pelo dermatologista.


Tipos de dermatite

São identificadas de acordo com os seus sintomas ou causa e, por isso, podem ser divididos em:

   

                    


O que causa a dermatite?

Pode surgir por diversos  motivos, seja genético, emocional ou desencadeados por agentes externos, como o clima frio e a oleosidade de nossa pele.

As causas da doença, muitas vezes, está 

relacionada com o seu tipo e cada um deles

necessita de um tipo específico de tratamento.

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Sintomas da dermatite:

Os sintomas mais comuns são identificadas de acordo com os seus sintomas ou causa e, por isso, podem ser divididos em:


Como prevenir a dermatite:

Cada tipo de dermatite há um tipo de prevenção, mas existe um tipo de prevenção comum a todos:


O objetivo é controlar a coceira, redução da inflamação da pele e prevenção das recorrências. Devemos também eliminar os fatores de agravam as lesões como:




Tratamento

A hidratação da pele é muito importante. O uso de cremes contendo corticoides são usados para reduzir a irritação da pele.

A fototerapia, tratamento com raios ultravioletas, é bastante eficaz no controle

da dermatite, mas pode aumentar o risco de câncer de pele e provocar o envelhecimento precoce, ficando restrito aos casos mais graves e difíceis controle.


Dermatoses

O que é Dermatose?

É um termo utilizado para todo e qualquer tipo de doença relacionadas a alterações na pele, unha ou cabelo, devido a algum tipo de agente nocivo ao corpo humano.

Abrange muitos doenças e problemas que possuem uma relação direta com a pele e com consequências totalmente diversificadas.

 

                                                                               

Se manifesta na pele em forma de uma inflamação crônica, mas se priva as que são causadas por algum tipo de inflamação, reação alérgica ou doença autoimune.

Os problemas podem ter várias causas, sendo as situações que mais originam as dermatoses são:



                  Tratamento


A dermatose pode variar de acordo com odiagnóstico do problema, somente um especialista/médico através de exames eanálise do histórico indicará o melhor tratamento para cada caso. Sendo otratamento mais comum com antibióticos, tranquilizantes e esteroides.

Os principais tipos de Dermatoses são:

Dermatose e Dermatite são a mesma coisa?


Tanto uma quanto outra são alterações na pele que devem ser tratadas por um médico. Mas a principal diferença entre elas é que a Dermatite está relacionada com doenças de origem inflamatória na pele, já a Dermatose não estão presentes os sinais inflamatórios. 


Os principais tipos de dermatoses são:





       





 

DEMARTITES INFECCIOSAS

São diversas doenças  infecções que podem acometer a pele.  Estão separadas por classe como:


Piodermites: Impetigo;Abcesso;Escarlatina; Foliculites; Erisipela; Paroníquia; Hanseníase; etc.

Dermatovírus: Herpes simples; Herpes zoster; HPV; Molusco contagioso; Verrugas;

Demartofitos: Tínea corporis; Tínea pedis; Tínea unguium; Tínea barbae; etc

Zooparasitárias: Escabiose; Pediculose;  Miíase; Tungíase; Dermatite linear serpiginosa.


Cada dermatose infecciosa tem seu tratamento específico variando entre medicamentos tópicos ou por via oral e procedimentos como a cauterização e crioterapia.



Piodermites:

É uma condição infecciosa cutânea primária causada por bactéria (piogências), com ou sem formação de pús, acomete a pele em qualquer nível de profundidade. As piodermites são causadas pelas bactérias Streptococcus e Staphylococcus aureus;


OBS: " Algumas pessoas manifestam um risco específico de contrair infecções da pele. Os diabéticos, imunodeprimidos e portadores de outras dermatoses. 

A pele danificada pelos raios solares, pelas arranhadelas ou por outra irritação também tem mais possibilidades de se infectar".


Elas são classificadas quanto a profundidade, localização e agentes etiológicos.


1) Infecção superficial da pele.

Impetigo


2) Infecção da epiderme e derme.

Ectima


3) Infecção mais profunda.

Celulite e Erisipela


4) Profunda com tendência à supuração.

Fleimão


Em relação aos anexos, a infecção pode ser localizada:



Abertura do folículo pilo-sebáceio.

Osteofoliculite


Profundidade do folículo piloso.

Foliculite


Folículo piloso juntamente com sua glândula sebácea.

Furúnculo e Antraz


Glândula sudorípara écrina e apócrina.

Periporite e hidradenite


Unhas e suas dobras.

Paroníquia e panarício subepidérmico



Impetigo

É uma infecção bacteriana, comum em crianças que atinge as camadas superficiais da pele. Aparece em qualquer parte como: rosto, braços e pernas.

Caracterizada pelo aparecimento de vesículase bolhas com pus que se rompem rápido, deixa as

áreas rosadas e com crostas espessas, muito semelhante ao mel ressecado.

 

Piodermites

Pode apresentar várias pequenas lesões disseminadas ou poucas que vão aumentando progressivamente de tamanho. As vesículas podem ser do tamanho e uma ervilha ou como grandes anéis.

Causas:

É causado pela bactéria Staphilococcus aureus, o Streptococcus piogênese ou por ambos.


A pessoa pode adquirir a doença quando for exposta à bactéria, contato com ferida aberta.


Em contato direto com itens contaminados como roupas, lençóis, toalhas, etc


Infecções micóticas


Queimaduras pelo sol ou picadas de insetos.




Sintomas:


Uma ou mais pústulas com pus que facilmente estouram;


Na criança, a pele é avermelhada com aspecto machucado, principalmente onde houve rompimento da pústula;


Pústulas que coçam, preenchidas com um líquido amarelado;


Vazamento de pus e formação de crostas;


Erupções cutâneas que pode começar com um único ponto, espalhando-se para outras áreas conforme coçam;


Lesões de pele no rosto, lábios, braços, ou pernas, que se espalham para outras áreas do corpo;


Nódulos linfáticos inchados próximos ao local de infecção.


Tratamento:

Uso de antibióticos via oral

Aplicação diretamente nas feridas de pomadas ou cremes.


Complicações:

Manchas escuras na pele após inflamação.


Prevenção:

Manchas escuras na pele após inflamação


Não compartilhar toalhas, roupas, lâminas de barbear ou outros produtos de cuidados pessoal com outros membros da família;


Lavar as mãos com frequência após tocar a pele infectada;

Manter a pele limpa para evitar o contágio da infecção;


Limpar bem pequenos cortes e escoriações com água e sabão.


Empetigo comum



Empetigo Bolhoso



 Ectima

É a forma mais grave de impetigo, pois acomete camadas mais profundas da pele.

São lesões de impetigo que evoluem para a formação de úlceras na pele que podem drenar pus.

Essas úlceras costumam evoluir para crostas grossas e amareladas, com margem avermelhadas, que curam-se lentamente, deixando cicatrizes.


Causas:

O agente causal é Streptococcus pyogenes sendo Staphylococcus aureus considerado um agente secundário.

Acomete frequentemente os membros inferiores.

Qualquer uma das três apresentações de impetigo podem complicar com febre reumática ou evolui para uma celulite ou erisipela.

O tratamento é igual aos do impetigo


Erisipela

É uma infecção da pele que pode atingir tecidos mais profundos como o gorduroso e a derme profunda e causa sérios transtornos.

A bactéria entra no organismo através de pequenas aberturas, como ferimentos diversos na pele e mucosa, picadas de insetos, micoses e frieiras.

Acomete ambos os sexos e de todas as idades.

Sintomas:


Diagnóstico

As machas provocadas pela presença da bactéria no organismo são bastante características e tendem a ter rápida evolução.

É feito exames laboratoriais para excluir definitivamente outras complicações e também para acompanhar o tratamento.

O hemograma é um dos mais indicados. 

Prevenção

Secar bem todas as regiões do corpo, principalmente dobras, axilas, dedos e virilha;

Não andar descalço para evitar traumas na pele;

Calçados muito justo também devem ser evitados;

Trocar as meias todos os dias e de preferencia de algodão;

Alimentação equilibrada e redução de peso;


Tratamento

  • Antibiótico e anti-inflamatório oral;

  • Antifebris, analgésicos e outros que atuem na circulação linfática e venosa;

  • Tratar as lesões e as tíneas que são porta de entrada da bactéria;

  • Limpar adequadamente a pele, assim, eliminando o ambiente para o crescimento da bactéria.


Complicações

Quando o paciente é tratado logo de início da doença, as complicações não são tão evidentes ou graves.

No entanto, os casos não tratados a tempo podem progredir com abscessos, ulcerações superficiais ou profundas e trombose de veias.

A sequela mais comum é o linfedema, que é o edema persistente e duro.


              

          

Celulite

É uma inflamação do tecido celular subcutâneo, com ligeiro envolvimento da derme, não atingindo a epiderme.

obs Não confundir com a celulite estética, cujo nome correto é lipodistrofia ginóide.


Causas

O agente etiológico mais comum são as bactérias Streptococcus pyogenes e a Staphylococcus aureus.

A celulite causada por S. aureus é mais localizada e mais rapidamente supurativa.

Já a S. pyogenes tem uma distribuição mais difusa e sintomatologia sistêmica mais grave.



Sintomas

As áreas afetadas apresenta-se:


Tratamento

É importante o diagnóstico diferenciado, o tratamento irá depender do agente causador.

Deve ser feito a cultura para melhor precisão no uso da medicação, teste de sensibilidade a antibióticos deve ser efetuado.

A aplicação da medicação pode ser via oral, intramuscular ou endovenosa.


Foliculite

É a inflamação de um ou mais folículos pilosos que podem ocorrer em qualquer lugar da pele onde se encontrem os folículos.


Causas 

É causada por vários tipos de agentes como: infecção viral, bacteriana ou fúngica dos folículos capilares.

O agente mais comum da foliculite é a bactéria Staphylococcus aureus.

Como os folículos estão presentes no corpo todo, com exceção das plantas e palmas e membranas mucosas, são mais comuns no couro cabeludo.

Os danos mais comuns ao folículo capilar incluem:


1) Lesão ao se barbear ou atrito provocado por roupas muito apertadas;
2) Transpiração excessiva;
3)Condições inflamatórias da pele, como dermatite e acne;
4) Lesões gerais da pele, como escoriações ou feridas cirúrgicas; Curativos de plásticos ou fitas adesivas aplicadas sobre a pele;
5) Curativos de plásticos ou fitas adesivas aplicadas sobre a pele;


Fatores de Risco

Qualquer pessoa pode desenvolver a foliculite, mas certos fatores podem tornar mais suscetível a doença como:


Sintomas:

Surgimento de pequenas espinhas vermelhas, com ou sem pus, desenvolvendo em torno do folículo piloso;

Bolhas cheias de pus que se rompem e formam pequenas crostas na parte de cima;

Pele avermelhada e inflamada na região infeccionada;

Coceira ou sensibilidade na região infeccionada.


Foliculite Estafilocócica

Acorre quando é infectada pela bactéria Staphylococcus aureus. 

Coceira;

Inflamação com pus, podendo ocorrer em qualquer parte do corpo que possuem pelo;

area da barba é chamada de coceira do barbeiro;

Por viver na pele o tempo todo, eles podem causar problemas quando entram no corpo por meio de Cortes, ferimentos, arranhões e outras lesões.


Foliculite por pseudônimas (da banheira quente)

Se proliferam em ambientes aquáticos onde o nível do cloro e o pH não são bem regulados, como banheiras de hidromassagem.


. A infecção aparece entre oito horas ou cinco dias após a exposição;
.
. É caracterizado por erupções vermelhas que coçam e mais tarde podem formar bolhas com pus;
. Áreas que ficam úmidas por muito tempo, são mais propensas à infecção (maio, biquíni, sunga).

Pseudofoliculite da barba

Esta inflamação costuma afetar somente homens.

1) Pelos que são raspados, ou crescem, se curvam e voltam para o interior da pele.

2) Este processo leva à inflamação,

3) Deixa cicatrizes na face e no pescoço também.


Foliculite Pitiropórica


Este tipo de foliculite é causada por um fungo.

1) Muito comum em adolescentes e homens adultos.

2) Causa inflamação avermelhadas, que coçam nas costas e no peito.

3) Podem afetar também o pescoço, os ombros, braços e a face.


Furúnculos 

Ocorre quando o streptococcus penetra a glândula sebácea, causando uma reação inflamatória grande e destruindo a glândula, deixando a pele inchada e bem avermelhada. 

A quantidade de pus no interior aumenta, tornando a região muito dolorida.


Sintomas 

Apresenta sintomas sistêmicos, como: febre, calor, rubor, adenopatias regionais.


Carbúnculos

É um aglomerado de furúnculos, que muitas vezes ocorre na parte de trás do pescoço, ombros, costas e coxas. São infecções mais profundas e graves do que um único furúnculo e que quase sempre deixam pequenas cicatrizes.

Tatamento:


Prevenção

Embora nem sempre seja possível evitar a foliculite, mas podemos com algumas medidas ajudar:




        







Antraz

É uma doença rara, que acomete mais as zonas rurais, recebe o nome de Anthracis, palavra que vem do grego que significa carvão.

A infecção pode causar cicatrizes negras na pele. Conhecida também pelo nome de carbúnculo, é uma doença infecciosa, que ocorre em animais (gado, ovelha, cabra, coelho e outro herbívoros), em algumas situações pode infectar seres humanos. 


Modo de transmissão

O animal ingere os esporos, por pastar em terras contaminadas ou comem alimentos com o bacilo.

O homem é infectado através da ingestão de carne contaminada ou por exposição agrícola ou industrial de carcaças, pele, lã e osso provenientes de animais contaminados.


Período de Incubação

Bacilo dura em média de três a cinco dias.


Sintomas

Formação de crosta vermelha, que pode vir a se tornar uma grande ferida preta.

Pode ser acompanhada de febre, mal-estar, dores musculares e náuseas.

Locais mais comuns de ocorrência são mãos, braços  cabeça.


Tratamento

  • Antibiótico (penicilina, outros);

  • Deve ser iniciado em fase precoce da doença. Se não tratada, pode levar a septicemia e até a morte.

        

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Hidradenite

Antigamente se classificava como uma infecção estafilocócica das glândulas sudoríparas apócrinas. Hoje já é considerada um processo de inflamação decorrente da predisposição pessoal e que pode ser agravada por infecção.

Caso:

Ocorre nas regiões e locais onde são encontradas as glândulas apócrinas.

 Caracteriza-se por um nódulo avermelhado e doloroso, semelhante a um furúnculo, pode ser pequeno ou pouco inflamatório ou grande com muita inflamação, vermelhidão e dor.

A ruptura da lesão deixa sair pus mas, nem sempre é o suficiente para a regressão.

Podem haver uma ou mais lesões em vários locais ao mesmo tempo. 

A evolução varia em um único episódio ou se repete ao longo os anos, neste caso, as diversas inflamações acabam deixando cicatrizes.


Tratamento:







Dermatofitose:


O que é?

Doença causada por fungos ou cogumelos chamados dermatófitos. Estes fungos alimentam-se de queratina e se localizam na pele, no pelo e nas unhas. Eles podem ser transmitidos diretamente (de homem para homem, de animal para homens e da terra para o homem) e indiretamente, por meio de materiais contaminados com escamas de pele parasitadas pelos cogumelos. Essas escamas podem causar infecção por até 15 dias quando em um meio ambiente a 26ºC. Sendo assim, as fontes de infecção podem ser, consequentemente, o homem, determinados animais (cão, gato, porco, gado, aves, peixes etc.) e o solo. Existem mais de 40 (Quarenta) espécies de fungos que podem causar doenças e, dentre estas, 30 (Trinta) podem afetar o ser humano e causar infecções em diferentes partes do corpo. 

Estas infecções são mais comuns em países de clima quente e úmido, sendo que os de clima tropical e subtropical são os mais afetados. Porém, a dermatofitose é uma doença universal e muito frequente.

Sintomas

Como a mesma espécie pode causar infecções em diferentes localizações do corpo, dependendo da área afetada, pode haver sintomas distintos. Diversos quadros clínicos bem individualizados podem ser descritos. Os mais comuns são: dermatofitose do corpo (Tinea corporis), dermatofitose dos pés (Tinea pedis), dermatofitose ungueal ou onicomicose, dermatofitose do couro cabeludo (Tinea capitis), dermatofitose das dobras da virilha (Tinea cruris) e nas dobras dos pés (vulgarmente chamada de pé de atleta).

O quadro mais comum na pele sem pelo, ou pele glabra, é representado por lesões avermelhadas, descamativas, rendilhadas ou desenhadas, isoladas ou confluentes, de modo que a parte externa é a mais ativa. No couro cabeludo pode se apresentar sob a forma de placa de alopecia ou em uma área na qual os pelos foram quebrados ou aparados pelos cogumelos que perfuram a haste dos fios.

A dermatofitose do couro cabeludo acomete principalmente crianças na idade escolar. A dos pés pode aparecer de forma aguda representada por vesículas bastante pruriginosas (com muita coceira) na região plantar ou de forma crônica como descamação fina sem muita sintomatologia, ou seja, coceira.

Já as dermatofitoses ungueais (partes de baixo das unhas), ou onicomicoses, se caracterizam por lesões destrutivas e esfarinhentas, iniciando-se pela borda livre da unha, de cor branco-amarelado. Geralmente, há acúmulo de queratina debaixo da unha (ceratose subungueal). Na virilha, as lesões são avermelhadas, descamativas, muito pruriginosas e afetam parte ou toda a área do púbis, expandindo-se para região abdominal inferior e para as nádegas, em casos extensos.

O pé de atleta (intertrigo, frieira) pode afetar as dobras interdigitais (entre os dedos) e vir acompanhado de onicomicose. Pessoas com diabetes mellitus e déficit de retorno venoso devem cuidar muito da saúde dos pés e evitar o intertrigo, que serve de porta de entrada para infecções bacterianas no tecido mole das pernas, causando quadros de erisipela (infecção cutânea). Pacientes imunodeprimidos podem ter quadros extensos e difíceis de tratar.

Tratamentos

O tratamento da dermatofitose é simples e deve ser precoce para evitar extensão do quadro e contaminação de outras pessoas que convivem próximo ao paciente afetado. Existem duas modalidades de tratamento: tópico e com medicações sistêmicas por via oral ou antifúngicos sistêmicos.

Em quadros cutâneos localizados, o tratamento de escolha são os antifúngicos em creme, pomada, spray ou loção. Podem ser aplicados uma a duas vezes ao dia por 15 a 30 dias, dependendo do quadro clínico e da extensão da dermatofitose. Existem no mercado vários antifúngicos tópicos. Dentre estes, o mais específico para os fungos dermatófitos é o cloridrato de terbinafina. Existem outros anifúngicos eficazes que podem ser utilizados e os azólicos são os mais usados no nosso meio porque têm um amplo espectro de ação.

Em quadros mais extensos de dermatofitose do corpo, onicomicose e também em dermatofitose do couro cabeludo, o tratamento de escolha são antifúngicos sistêmicos. Esta modalidade não dispensa o tratamento tópico.  O cloridrato de terbinafina em comprimidos de 250mg é o medicamento mais ativo contra fungos dermatófitos. Outros antifúngicos indicados são do grupo dos azóis como o itraconazol em comprimidos de 100mg e o fluconazol em comprimidos de 150mg.

O médico dermatologista vai decidir qual medicação é a mais eficiente de acordo com cada caso. O tratamento tem duração média de 15 a 30 dias para dermatofitose do corpo, dos pés e da virilha; duração de 90 dias para dermatofitose do couro cabeludo em crianças; duração de seis meses para onicomicose das mãos e um ano para onicomicose dos pés.

O fracasso no tratamento das dermatofitoses decorre de vários fatores como: irregularidade no tratamento, defeito de absorção da medicação oral, re-exposição ao agente causador e resistência antimicrobiana/antifúngica.

 Prevenção

Para prevenir a disseminação da dermatofitose do couro cabeludo é necessário fazer um cuidadoso exame do couro cabeludo e também verificar os contatos domiciliares e peridomiciliares do paciente à procura de portadores sintomáticos e assintomáticos. Para a dermatofitose do corpo é necessário um cuidado com a higiene íntima e evitar contaminar-se em banheiros públicos, balneários, piscinas públicas e de academia usando roupas ou sapatos adequados. Durante o verão, se faz necessário evitar ficar com roupas úmidas por tempo prolongado. Na dermatofitose dos pés é importante descontaminar os sapatos e as meias para evitar recidiva ou reinfecção.











Dermatose - Zooparazitária


São infecção causada por vermes, protozoários e insetos, parasitas ou
não, em qualquer fase do seu ciclo evolutivo.

Caracteriza-se por uma alteração, ocasional ou permanente, da pele, que
varia de acordo com o agente causal e com o mecanismo de lesão.
Há vários tipos de dermatoses zooparasitárias:

dentre elas as mais conhecidas:

Escabiose: o que é, principais sintomas e tratamento

A escabiose, também conhecida como sarna humana, é uma doença de pele causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei que é facilmente transmitido de pessoa para pessoa, através do contato físico, e raramente por roupas ou outros objetos compartilhados, e que leva ao aparecimento de bolhas e placas vermelhas na pele que coçam muito, principalmente à noite.

A escabiose tem cura desde que o tratamento seja feito de acordo com a orientação do dermatologista, que normalmente indica o uso de sabonetes e pomadas adequadas para a eliminação dos ovos desse ácaro, além de ser recomendada higienização do ambiente para eliminação também de possíveis ovos que tenham sido depositados na casa.



A principal característica da escabiose é a coceira intensa que aumenta à noite, no entanto, existem outros sinais de que se deve ficar atento.

 O ácaro fêmeo responsável pela escabiose penetra e escava a pele levando a formação de linhas onduladas de até 1,5 cm de comprimento que, algumas vezes, apresentam uma pequena crosta em uma extremidade, devido ao ato de coçar a pele. É no local em que está havendo escavação que o ácaro deposita os seus ovos e libera saliva, que causa irritação na pele e leva ao aparecimento de sinais e sintomas.

Os locais de maior preferência destes ácaros são os dedos das mãos e dos pés, os punhos, os cotovelos, as axilas, em torno dos mamilos das mulheres, o pênis e a bolsa escrotal, ao longo da linha da cintura e sobre a parte inferior das nádegas. Nos bebês, a escabiose pode surgir no rosto, o que raramente acontece em adultos, e as lesões podem parecer bolhas cheias de água.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da escabiose é feito pelo clínico geral ou pelo dermatologista através da observação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, além de também poder ser realizado exame parasitológico para identificar o agente causador da escabiose.

Assim, o médico pode realizar uma raspagem da lesão ou fazer o teste da fita adesiva e o material coletado é enviado para o laboratório para que seja processado e analisado sob microscópio.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a escabiose envolve o uso de sabonetes ou pomadas que contenham substâncias capazes de eliminar o ácaro e seus ovos, como benzoato de benzila, deltametrina, tiabendazol ou monossulfeto de tetraetiltiuran. O sabonete ou a pomada deve ser utilizada de acordo com a orientação do médico, sendo normalmente recomendado o seu uso por cerca de 3 dias.

A ivermectina oral também pode ser usada no tratamento da escabiose, sendo recomendado quando há vários casos ao mesmo tempo de escabiose na família.

A limpeza normal das roupas é suficiente para eliminar o ácaro, mas os familiares e os indivíduos que tiveram contato íntimo com uma pessoa infectada também devem ser tratados.


Escabiose Norueguesa

A sarna norueguesa, também conhecida como sarna crostosa (SC), é uma forma rara e grave de infestação pelo Sarcoptes scabiei var. hominis, caracterizada por um grande número de parasitas na pele. A SC é comumente vista em pacientes imunocomprometidos, incluindo condições como linfoma, leucemia, síndrome da imunodeficiência adquirida, doença enxerto versus hospedeiro e tratamento com imunossupressores e corticoesteroides. Também ocorre em pacientes institucionalizados e com alterações neurológicas, como a hanseníase e a siringomielia. As lesões são crostosas, espessas, acinzentadas, descamativas e ultrapassam o círculo de Hebra, acometendo couro cabeludo, palmas, regiões plantar e subungueal.


Miíase Humana: sintomas, tratamento e prevenção

A miíase humana é a infestação de larvas de moscas na pele, em que essas larvas completam parte do seu ciclo de vida no corpo humano alimentando-se de tecidos vivos ou mortos e que pode acontecer de 2 formas: bicheira ou berne. A bicheira é provocada pela mosca varejeira, e a berne pela mosca comum. As principais características de cada tipo são:


·        Bicheira: A mosca Cochliomyia hominivorax pousa na pele ferida e coloca de 200 a 300 ovos, que se transformam em larvas em apenas 24 horas e que se alimentam dos tecidos vivos ou mortos. Após esse período elas caem e se escondem no solo em forma de pupa, que após alguns dias darão origem à novas moscas.


·        Berne: A mosca Dermatobia hominis coloca uma larva na pele e após cerca de 7 dias e penetra ativamente pela pele onde permanecerá por cerca de 40 dias se alimentando dos tecidos vivos ou mortos. Após esse período ela cai e se esconde no solo em forma de pupa, que após alguns dias dará origem à uma nova mosca. A larva mantém um orifício aberto na pele por onde consegue respirar, e por isso, ao cobrir essa abertura, a larva pode morrer. 

 Esse tipo de infestação pode afetar o homem e os animais domésticos, gado, ovinos e caprinos, por exemplo, e também é possível haver bicheira e berne ao mesmo tempo, principalmente nos animais que não são diariamente inspecionados. 


berne                                                                          bicheira

 
 Sintomas de miíase:

Os sintomas da miíase humana podem surgir em qualquer local do corpo, inclusive nos olhos, ouvidos, boca ou nariz, causando grande desconforto. Seus principais sinais são: 


·        Berne: Ferida de 2-3 cm na pele, aberta, com pus e líquidos. Ao pressionar pode-se ver a larva branca no local


·        Bicheira: Ferida aberta na pele, de tamanho variável, cheia de pequenas larvas e mau cheiro no local, podendo causar hemorragias graves, quando se proliferam nas cavidades

A miíase em humanos afeta especialmente pessoas em más condições de higiene e saneamento básico, assim como alcoólatras, pessoas sujas, que dormem nas ruas e que possuem feridas na pele, acamados ou deficientes mentais. 

Tratamento para miíase

O tratamento para bicheira e berne consiste na catação das larvas, um processo desagradável e doloroso, e por isso também é recomendado a toma de ivermectina em duas ou três doses, sob indicação médica, para evitar infecções secundárias e a limpeza da região antes de iniciar a remoção das larvas. É importante que o tratamento seja iniciado logo na fase inicial da doença para que seja evitada a progressão da doença, já que as larvas conseguem rapidamente destruir os tecidos.

O uso de azeite, álcool, creolina ou outras substâncias diretamente na ferida parece não ser eficaz, e causa intenso desconforto, porque causa incômodo nas larvas que podem tentar entrar ainda mais profundamente na ferida, dificultando sua retirada. Assim, o mais recomendado é retirar as larvas com uma pinça e tomar o remédio antiparasitário, que será capaz de matar e eliminar as larvas em cerca de 24 horas. 

Nos casos mais graves, pode ser necessário fazer uma pequena cirurgia para fazer um corte na pele e alargar o orifício, permitindo retirar a larva. Além disso, quando a lesão é muito extensa pode também ser necessária a realização de cirurgia plástica para reconstituição do tecido.

Como prevenir a infestação

Para evitar a infestação por larvas da mosca em humanos é importante manter bons hábitos de higiene, tomar banho diariamente esfregando-se com água e sabonete, cuidar bem de todas as feridas e arranhões, mantendo-os limpos e desinfectados, aplicando loção antisséptica diariamente, tomando todo cuidado necessário para evitar cortes e arranhões. 

Também é importante afastar as moscas, evitando a concentração de lixo exposto à céu aberto, e usando inseticida sempre que necessário para afastar as moscas de dentro de casa. Pessoas acamadas precisam de um cuidado extra porque não tem a mesma capacidade de defesa, sendo preciso um cuidador atento, que dê banho, cuide da higiene e mantenha as feridas devidamente limpas.





Pecuária: Bicheira causa perdas de mais de R$ 170 milhões/ano só no RS

O problema é provocado pela mosca Cochliomyia hominivorax, que deposita ovos nas feridas dos animais. Por esse motivo, os especialistas recomendam preservar o rebanho de ferimentos, com a utilização de cercas adequadas, e sempre tratar cicatrizações geradas por procedimentos cirúrgicos como castrações, por exemplo.

 Causada por moscas

A bicheira ou miíase é a infestação de animais vertebrados vivos por larvas de moscas. As larvas se alimentam do tecido vivo ou morto do hospedeiro. A etimologia da palavra vem de myie=mosca e ase=doença. Existem diversos tipos de miíases, dependendo da localização, biologia da mosca que a causa e tipo de tecido (morto ou vivo) do qual o inseto se alimenta.

As miíases obrigatórias ou primárias são aquelas em que a larva se alimenta de tecido vivo. Nesse grupo, está incluída a mosca Cochliomyia hominivorax, muito importante na criação de bovinos. Porém, pertencem a esse grupo também as míiases causadas pelo berne (Dermatobia hominis) e pela mosca Oestrus ovis (específica para ovinos).

Além da miíase obrigatória, pode ocorrer a miíase secundária, ocasionada por larvas de moscas que se alimentam de tecido morto (seja em animais mortos ou no animal vivo, mas que tenha ferimento com tecido necrosado).

 Como tratar o problema

Conforme a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul Cláudia Gomes, para as miíases causadas pela mosca Cochliomyia hominivorax, o produtor deve fazer uso de boas práticas agropecuárias, como cuidado no manejo dos animais, manutenção de centros de manejo e cercas para evitar ferimentos que atrairão as moscas. “As moscas são atraídas pelo odor do ferimento e depositam ovos sobre a ferida, da qual saem as larvas. O tratamento preventivo é necessário em casos de cura de umbigo em bovinos recém-nascidos ou em procedimentos cirúrgicos, como a castração”, recomenda.

Uma vez instalado o problema, a bicheira causada pela mosca Cochliomyia hominivorax deve ser tratada com aplicação de produtos conhecidos por mata-bicheira ou larvicidas no local infestado. “Em sequência, deve ser feita a remoção das larvas, limpeza da ferida e tratamento com produtos de efeito cicatrizante e repelente. A cicatrização deve ser acompanhada e, se necessário, o tratamento da ferida deve ser repetido a fim de evitar novas infestações”, completa a pesquisadora.

O tratamento exige que os animais doentes sejam apartados e levados para um estábulo (potreiro) onde são ministrados os medicamentos recomendados. No caso dos ovinos, a detecção não é muito simples, devido ao fato de que as lesões podem estar, muitas vezes, encobertas pela lã.

A prevenção das miíases deve fazer parte do planejamento do controle sanitário do rebanho e, para tanto, é necessário o acompanhamento técnico constante. Mais detalhes sobre prevenção e tratamento da bicheira podem ser encontrados no Comunicado Técnico 40, disponível no Portal da Embrapa.

 



Tunguíase (“bicho de pé”): 


o que é e como tratar?


A pulga Tunga penetrans

Tunga penetrans é a menor das pulgas, medindo cerca de 1 mm, e tem como característica ser hematófoga. Ela pertence ao gênero Tunga, família Tungidae, ordem dos Sinfonápteros, classe dos Insetos, ramo dos Artrópodes. Tem como hospedeiro preferencial o porco, mas também parasita o homem, o cão, o gato, o rato, o boi, a cabra, o carneiro, o cavalo, o burro, mamíferos selvagens e aves.

 


Apesar de tanto os parasitas machos quanto as fêmeas serem hematófagos, somente a fêmea fecundada pode penetrar na derme, causando uma intensa resposta inflamatória

 Distribuição geográfica da tunguíase

A tunguíase ocorre geralmente em locais arenosos como praias, fazendas e estábulos. É encontrada em regiões tropicais e subtropicais do mundo, incluindo México à América do Sul, as Índias Ocidentais e a África.

Epidemiologia

No Brasil, em algumas comunidades, foram relatadas taxas de prevalência entre 16% e 55%. A doença ocorre em todo o país, sendo mais prevalente em assentamentos urbanos precários, em áreas rurais e em comunidades de pescadores


próximo a chiqueiros, a montes de esterco e no peridomicílio (jardins e hortas). Devido à sua sobrevivência por tempo prolongado no ambiente, o controle da tungíase é um desafio.

 

Fisiopatologia

O principal habitat da T. penetrans é o solo quente e seco (areia de praias, estábulos e fazendas de gado).

Após o contato, a pulga invade a pele desprotegida. A fêmea grávida fixa-se na pele usando peças bucais e penetra na epiderme do hospedeiro, geralmente na região plantar, pele interdigital e região sub/periungueal.

A porção anterior (cabeça e tórax) se mantém na parte superior da derme, alimentando-se dos vasos sanguíneos, enquanto a porção posterior (estigma respiratório e segmento anal) fica exteriorizada na superfície, para a eliminação de excrementos e ovos, e neste local geralmente forma-se um ponto ou uma ulceração. Ao final de uma semana, a pulga aumenta de volume – muitas vezes atingindo 1 cm de diâmetro – devido ao acúmulo de ovos no abdome, havendo liberação dos mesmos e consequente saída da fêmea, quer espontaneamente, quer pela reação inflamatória do hospedeiro.

Em muitos casos, essa fase é descrita como uma lesão branca com um ponto preto central. Infestações muito intensas podem causar ulceração e fibrose, que podem resultar em infecções secundárias, como bacteremia, tétano, linfangite e gangrena gasosa.

 Manifestações clínicas da tunguíase

Pode ser assintomática ou causar prurido e dor. As lesões são nodulares e podem ser únicas ou múltiplas, muitas vezes apresentando coloração preta centralmente. Os nódulos podem ulcerar.


A tungíase pode ter duas manifestações. Em um primeiro momento, haverá uma erupção cutânea na área afetada, como um caroço vermelho. Ele pode apresentar coceira, como uma urticária, ou apenas a manifestação na pele.

Em casos mais avançados – de infecções persistente, não tratadas ou associada a infecção de outros micro-organismo – pode haver:

·        Supuração

·        Ulceração

·        Necrose do tecido circundante

·        Deformação e a perda de unhas.

Buscando ajuda médica

Busque ajuda médica se você tiver algum sintoma de túngiase, principalmente se viver em locais de risco ou fez uma viagem para esses locais.

Na consulta médica

Especialistas que podem diagnosticar o bicho de pé são:

·        Clínico geral

·        Pediatra

·        Dermatologista

·        Infectologista.

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

·        Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram

·        Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade

·        Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.

Diagnóstico de Bicho de pé (Túngiase)

O diagnóstico do bicho de pé costuma ser clínico, com base nos sintomas da pele, como erupção cutânea avermelhada e coceira, que são muito característicos deste problema. Além disso, o histórico do paciente com o contato com solo ou areia contaminados podem ser determinantes para identificação do problema. Não são necessários outros exames para confirmar o diagnóstico.

Tratamento de Bicho de pé (Túngiase)

O tratamento da tungíase consiste em eliminar o bicho de pé da pele e evitar infecções secundárias. As opções de tratamento são:

·        Crioterapia

·        Medicamentos antiparasitários tópicos, como pomadas ou cremes

·        Medicamentos antiparasitários orais

·        Remoção por pinça

·        Remoção por curetagem, caso o bicho de pé esteja cheio de sangue e não possa ser removido apenas com pinça.

A extração cirúrgica deve ser realizada apenas em um estabelecimento de saúde adequadamente equipado ou por um profissional de saúde comunitário experiente, utilizando instrumentos estéreis.

Após a remoção do bicho de pé, antibióticos tópicos são aplicados à ferida. Antibióticos de largo espectro uma vacina para tétano também pode ser indicada para prevenir infecções secundárias.

 

Medicamentos para Bicho de pé (Túngiase)

Os medicamentos mais comuns no tratamento de bicho de pé são:

·        Tiabendazol

·        Albendazol

·        Ivermectina.

Bicho de pé (Túngiase) tem cura?

A tungíase dura entre quatro a seis semanas, porém, em áreas de risco as infecções podem ser frequentes e avançar para formas mais graves. Um mesmo indivíduo pode apresentar vários parasitas em diferentes estágios de desenvolvimento.

Complicações possíveis

Se não for tratada, a tungíase pode evoluir para necrose dos tecidos, quem nem sempre podem ser recuperados. Isso significa que pessoas infectadas e não tratadas podem sofrer um avanço da doença tão grande a ponto de perder partes da pele ou até mesmo dedos.

Há também o risco de a erupção causada pela tungíase ser porta para entrada de outros organismos, como bactérias. Um bom exemplo é o caso do tétano. Essas podem causar uma infecção secundária no local, tornando o tratamento mais difícil.

Prevenção

A melhor forma de prevenir a túngiase é utilizar calçados fechados e inseticidas nas áreas afetadas.

Os donos de animais também têm um papel-chave na prevenção destas doenças, cuidando da saúde de seus pets. Os cuidados incluem:

·        Recolher as fezes dos animais e dar-lhes um destino adequado

·        Levar seu pet regularmente ao veterinário para tratamento contra parasi         


                          






  Dermatose Serpiginosa

Bicho Geográfico

A doença, também conhecida como Larva Migrans, acomete o homem e é causada por um parasita intestinal de cães e gatos que não tenham sido vermifugados corretamente.

Os ovos são eliminados pelas fezes dos animais e tornam-se larvas que penetram na pele do homem, geralmente pelos pés e nádegas, pois os lugares onde as infestações são mais comuns são a areia e a terra, onde os animais defecam com maior frequência.

Existem dois tipos da doença:

A Larva Migrans cutânea, que causa a irritação da pele formando um desenho semelhante à figura de um mapa na pele (daí o nome “Bicho Geográfico”)

Larva Migrans visceral, que traz consequências ainda mais graves por penetrar no organismo humano, podendo se instalar no fígado ou até mesmo nos olhos.

Nos seres humanos, os sintomas são percebidos quando há a presença de um desenho em forma de mapa e de coceira intensa no local afetado. O tratamento nem sempre é necessário, a não ser nos casos considerados de maior gravidade.

Cães e gatos podem ser contaminados pelo parasita de várias formas como pela ingestão de insetos ou roedores, pela penetração da larva na pele (da mesma forma como acontece com os humanos), etc.

 Por isso, a responsabilidade dos proprietários dos animais é o melhor método preventivo da doença e, para isso, não são necessários esforços, apenas a vermifugação (no mínimo anual) e o recolhimento das fezes e de todo e qualquer tipo de sujeira do animal, tanto em casa quanto em lugares públicos o que, com certeza, impedirá a proliferação do parasita e evitará que outros animais e humanos sejam contaminados.

 



 




DERMATOVIROSES
                                                                                                                                     

Vírus de DNA

· Interessam muito mais os dermatologistas:

o Papovavirus (verrugas e condilomas)

o Herpes vírus (Herpes Simples e Herpes Zoster Vírus)

o Poxvírus (molusco contagioso, ORF, varíola)


Infecções viróticas

Temos 3 tipos:

1. Citolítica: herpes e varíola o Multiplicação morte celular

2. Infecção permanente: verruga o Quase não altera a célula

3. Infecção integrada: Epstein Barr  o Altera o DNA



Herpes Zoster

· Varicela zoster vírus (mesmo vírus da varicela) à apenas pessoas que já tiveram varicela podem tez HZ

espaço O vírus fica encubado nos neurônios sensoriais durante a vida inteira

o Fatores   desencadeantes (reativam   o   vírus):   imunossupressão, infecção   generalizada, pessoas

idosas

· Possui tropismo pelo nervo à chamado de cobreiro, pois segue o dermátomo onde está localizado

· Período de incubação: 7-12 dias

  

Epidemiologia

· A maioria dos pacientes são idosos (a partir de 50 anos) - 90%

· Crianças: é muito mais grave

o Deve-se procurar linfoma de Hodgkin e leucemia

o Deve-se suspeitar porque a forma comum nas crianças é a varicela e não o HZ (reativação)


Clínica

Geralmente a dor precede as lesões o Persiste porque, quando as lesões desaparecem, o nervo ainda permanece lesado neuralgia pós-herpética (mais grave que a própria doença porque é mais difícil de tratar) a Dor intensa, pode simular um IAM, colecistite, apendicite etc.

· Após o período de encubação, surgem vesículas agrupadas sobre uma base eritematosa que segue o trajeto dos nervos (cobreiro); é assimétrica

· A lesão pode infectar e criar lesões supuradas

· Frequência dos dérmatomos acometidos:

o Torácicos – 60%

o Cranianos – 20%

o Lombares – 15%

o Sacrais – 5%

No Iálmico acometido:

· Vesículas e áreas de necrose à pode perfurar a córnea e causar cegueira

· Presença de vesículas na ponta do nariz à Sinal de Hutchinson à mostra que o ramo nasociliar está acometido à geralmente há síndrome de Ramsay-Huntz;


Síndrome de Ramsay-Hunt

1. Paralisia facial

2. Vesículas na ponta do nariz – sinal de Hutchinson

3. Dor auricular

4. Surdez

5. Vertigem

· Hospitalizar e usar antivirais por via venosa

Diagnóstico · Clínico

· Pode ser feito o teste de Tzanck: citologia que evidencia células com partículas virais


Tratamento

1. Tratar infecção aguda viral

2. Tratar a dor aguda associada


3. Prevenir a neuralgia pós-herpética a mais importante, pois em idosos esse quadro se torna contínuo e pode levar os mesmos a cometer suicídio 


Inibidores da DNA polimerase

Aciclovir – é o mais barato e o mais eficaz (é de 1a geração)

· Apresentação comercial: Zovirax, Aviral

· Comprimidos de 200mg e 400mg

· Apresentação EV 250 mg cada ampola

· Posologia:    800mg via oral 5x dia (7-14 dias)

§ EV: 10-15mg/kg; 8/8 h (7 – 15 dias)

· A via de administração vai depender de cada caso

v Fanciclovir (Penvir Flancomax) – raramente utilizado

· Posologia: 500mg via oral; 3x dia (7-14 dias)

· Apresentações: comprimidos de 125 mg e de 500 mg

v Valaciclovir (Valtrex) – um dos mais caros (uma caixa com 10cps custa 300 reais) à pouco utilizado

· Posologia: 1g via oral, 2x ao dia (7-14 dias)

· Apresentação: comprimidos de 500 mg


Analgésicos


Tramadol 50mg

v Diclofenaco

v Prednisona: 0,5mg/kg/dia (5-6 dias)

o Corticoterapia: evitar a neuralgia pós-herpética


 Tópicos

Capsaicina (NeuropepLdio natural derivado da pimenta) – age sobre a substância P

· Apresentações:

o Creme 0,025%; 3x ao dia

o Óleo de Menta 1% (manipulado)

· Geralmente provoca muitos processos alérgicos localizados

Quando   há acometimento do   nervo oIálmico   ou   do   trigêmeo é   fundamental   a   hospitalização   do paciente:

o Administrar duas ampolas de 250 mg de 8 em 8 horas durante 5 -14 dias, a depender do caso ü Pessoas idosas: utilizar drogas para prevenir a neuralgia pós-herpética

o Prednisona em doses baixas durante 3-5 dias, concomitante ao tratamento com o Aciclovir


Tratamento da neuralgia pós-herpética

O paciente retorna ao consultório cerca de 15 dias após o término do tratamento se queixando de dor intensa que impossibilita as atividades diárias (ex: vestir uma roupa)

· Dor em pontada ou em queimação


 Dor aguda ou lancinante

· Carbamazepina, Gabapentina (anticonvulsivantes)

o Estabilizam a atividade elétrica no SNC por meio do bloqueio dos canais de Na+ ou Ca+2

o Carbamazepina (100-600 mg)

· Associação de clomipramina 2mg + Rufenazina 1-4 mg

· Tratamento tópico: Capsaicina (0,025%)

· Tratamento sistêmico: a base de Codeína (7,5-30mg/dia)

 

 Dor parestésica

Amitriptilina

o Agem aumentando a ação dos neurotransmissores

o Amitriptilina (25-75 mg)

· Flufenazina (1-4mg)

Dor refratária

· Gabapentina de 300mg, 3-4 caps./dia

Se mesmo assim a dor for persistente à psicoterapia, avaliação clínica da dor (geralmente realizada por

Anestesiologistas) e considerar possível abordagem cirúrgica

 


Se mesmo assim a dor for persistente à psicoterapia, avaliação clínica da dor (geralmente realizada por

Anestesiologistas) e considerar possível abordagem cirúrgica

Profilaxia

· Vacinas (zostavax)

o Risco de desenvolvimento do Herpes Zoster diminui em 50% a 70% (os que possam apresentar

terão forma mais branda da doença)

o Geralmente nos EUA e no Canadá faz-se pro6laxia para indivíduos maiores de 60 anos para

evitar o herpes zoster

o Ampola em dose única aplicada no SC


Herpes Simples

Etiologia: Herpes Vírus Hominis

os 2 sorotipos: tipo1 (geralmente por contato pessoal) e tipo (geralmente por transmissão

sexual).


Quadro clínico

Erupção autolimitada vesiculosa

 Sintomas: dor, ardor e prurido

 Vesículas agrupadas  pústulas  crostas

 Resolução espontânea: 8 dias (mesmo sem o tratamento ele terá resolução espontânea)

 A manifestação em imunossuprimidos é mais grave

OBS: Gestantes, porém transmitir ao bebê  primo-infecção herpética:

 Em 99% dos casos é assintomática

 Pode só ter febre, linfadenopatias etc.


Primo-infecção herpética

Em geral, é assintomática

o Expressão   clínica:   manifestações   locais   graves (ex. Lábios inchados   com   as   vesículas

características inclusive com placas), febre e adenopatias


 Manifestações especiais

Meningoencefalite

· Herpes simples congênito (síndrome TORSH)

· Herpes simples no imunodeprimido (formas mais graves)

· Herpes simples sistêmico

· Erupção variceliforme de Kaposi

· Eritema multiforme herpético: ocorre em pacientes imunossuprimidos à manifestação generalizada

· Crianças podem apresentar uma manifestação bolhosa (pode ser confundida com dermatite bolhosa)

O Se cursar com febre e adenopatias, pode-se descartar dermatite bolhosa

 

Diagnóstico

Clínico: patognomônico

· Laboratorial: teste de Tzanck (células multinucleadas)

o Raríssimas vezes o diagnóstico é di6cultado a ponto de necessitar do teste (ex: pacientes HIV+

à mais amplo e úlcera alguma vezes)

Diagnóstico diferencial com

Cancro duro

· Cancroide

· Lesões traumáticas


Tratamento

Geralmente a primo-infecção não vai ser tratada à tratamento sintomático

· A recorrência será tratada com o Aciclovir

o Geralmente, quando o indivíduo tem 1 recorrência/mês torna-se necessário esse tratamento

Herpes labial

Aciclovir 200 mg, 5x ao dia por 5 dias

· Valaciclovir 500 mg, 2x ao dia por 5 dias

· Fanciclovir 125 mg, 2x ao dia por 5 dias

  

Herpes genital

Aciclovir 200 mg, 5x ao dia por 10 dias

· Valaciclovir 500 mg, 2x ao dia por 10 dias

· Fanciclovir 125 mg, 2x ao dia por 10 dias

 Lisina em HSV (droga recentemente lançada)

o Tratamento sistêmico com L-Lisina na prevenção da recorrência do Herpes Simples (HS)

o Dieta rica em lisina (peixe, peru, frango e hortaliças) é fundamental

o Dieta pobre em arginina (chocolates, castanha e abacaxi – esses alimentos devem ser evitados

pois agravam o quadro do herpes simples)


Pacientes com HIV

Aciclovir EV 5mg/kg durante 7 dias


Verrugas

Papiloma vírus Humano (HPV) – vírus de DNA

· Proliferações epidérmicas benignas

· Acometem mais crianças e adultos e jovens entre 12 e 16 anos

Formas clínicas


Verrugas vulgares (70%)

Ocasionadas majoritariamente por HPV 1, 2 e 4

· “verrugas dos açougueiros” – HPV 7

· Podem ocorrer em qualquer lugar; + frequente nos dedos e joelhos


Tratamento

Ácido salicílico em colodio

· Crioterapia com nitrogênio líquido

· Eletro cirurgia (pode deixar marcas)

· Laser com CO2 (não deixa marcas)

· Bleomicina (utilizada geralmente em lesões Peri ungueais de forma injetável sob anestesia)

· Sulfato de zinco (aumenta a imunidade do paciente e desencadeia desaparecimento total das verrugas)

 

Verrugas plantares

(24%) Pápulas crescem por dentro

· Geralmente dolorosas

· Semelhantes a olho de peixe

· Os pontos pretos característicos que se observam nitidamente são vasos trombosados

· Diferenciam-se das calosidades por meio da curetagem:

 nas   calosidades não haverá sangramento, Enquanto nas verrugas haverá.


Tratamento

É muito dificil

· Ácido nítrico fumegante a 66%

· Ácido salicílico e láctico

· Laser de CO2


Verrugas Plana

Pápulas pouco salientes de superfície plana e lisa

· Geralmente em face e dorso da mão


Tratamento

Tretinoina 0,1% creme

· Crioterapia com N2 Líquido


Verrugas genitais

(condiloma acuminado)

Mais facilmente encontrada na prática clínica

· Vírus DNA: papilomavírus (HPV 6, 16, 18)

· Transmissão sexual; DST mais frequente

· Lesões vegetantes, úmidas, em couve Ror

· Nas mulheres atentar para a relação entre o HPV e o carcinoma Epidermóide

· Forma clínica de tumor de Buschke-Lowenstein (o tratamento ocorre por meio de excisão cirúrgica)

· Diferenciar a hiperplasia sebácea ao redor do prepúcio com o condiloma

· Acometimento anal, principalmente em crianças: pedo6lia à necessita de biópsia

· Solicitação de testes para HIV, hepatite B e VDRL (são exames indispensáveis)


Tratamento:

Podo:lina

o Resina vegetal 10-30% utilizada em pequenas lesões

o Aplicar e retirar após 4 horas; utilizar de 5 em 5 dias

o Contraindicada em gestantes

o Baixo custo e alta e6cácia

· Imiquimod

o Droga nova, muito eficaz, porém cara

o Utiliza-se um creme a 5%, 2x por semana durante 16 semanas

· Podo6lotoxina (Não é muito utilizada)

· Ácido tricloroacético (TCA)

· Crioterapia

· Laser CO2

· Eletro cirurgia

5 Ruoracil

· Interferons


Verrugas filiformes

Epidermodisplasia verruciforme

Doença multifatorial ocasionada pelo HPV 5

· Predisposição genética

· Padrão autossômico recessivo de herança

· Relação com fatores ambientais

· Parece com a verruga plana e às vezes com pitiríase versicolor

 

 Profilaxia

Vacina contra HPV (de 9 a 18 anos)

o Gardasil (Brasil) – vacina recombinante quadrivalente (HPV 6, 11, 16 e 18)

o Cervarix – vacina bivalente (HPV 16 e 18)


Molusco contagioso

Muito comum, ocasionada por Poxvírus

· Pápulas cônicas, brilhantes e com diâmetro em torno de 5mm

· Costumam apresentar parte central umbilicada

· Geralmente acomete crianças (comum transmissão em piscinas de bolinhas)

· Maior propensão em crianças atópicas

· Auto inoculável


Tratamento

Curetagem sob anestesia local à método mais utilizado pela simplicidade e rapidez

· Nitrogênio líquido


· ATA (ácido) 20% 

 


 HPV



VERRUGAS

  



Crioterapia


O que é crioterapia?

A crioterapia é o tratamento que usa baixas temperaturas para tratamentos estéticos e terapêuticos na pele. Para isso, podem ser usados jatos em spray ou com sondas previamente resfriadas. A palavra derivada da palavra grega kryos, que significa frio. Nesse tratamento pode ser usado gelo seco ou nitrogênio liquido em contato com a pele, chegando a temperaturas de 196 graus Celsius negativos. Também contam como crioterapias mais leves cremes, géis e sprays que levem cânfora ou mentol em sua composição, causando um resfriamento onde são aplicados.

Outros nomes

Neve carbônica

Indicações da crioterapia

A crioterapia pode ser usada em tratamentos estéticos, tanto melhorando a tonicidade da pele e reduzindo gordura localizada e a celulite, quanto em tratamentos de manchas escuras e claras da pele. Seja com os produtos a base de mentol e cânfora, seja com a criolipólise, tratamento estético desenvolvido pela Universidade de Harvard, que congela a gordura.

Existe também o criopeeling, feito com o nitrogênio líquido ou o gelo seco, em uma aplicação rápida e extensa de spray de nitrogênio líquido em uma área extensa, favorecendo a renovação da camada superficial da pele.

 A crioterapia também tem indicações terapêuticas. Em alguns casos de vitiligo, ela pode repigmentar algumas regiões do corpo, assim como ajudar no nascimento de pelos na alopecia arreata. Ele também pode ser usado para tratar verrugas, tumores benignos da pele, alguns tipos de cânceres de pele, lesões pré-cancerosas, lesões infecciosas localizadas (como leishmaniose, cromomicose) lesões de acne inflamatória, molusco contagioso, granuloma anular, condiloma acuminado, e muitas outras doenças.

Já os cremes com cânfora e mentol podem ser usados na fisioterapia para controlar a inflamação ou edema, reduzir a dor e diminuir o espasmo muscular.

 Como é feita a crioterapia

Como crioterapia é um tratamento muito abrangente, ela pode ser feita de diversas formas. Na estética, ela pode ser aplicada com cremes e géis feitos com cânfora e mentol, ou bandagens frias na pele.

Já dermatologistas podem usar a crioterapia envolvendo nitrogênio líquido e gelo seco. Nesses casos pode ser feito o criopeeling, com aplicação de nitrogênio líquido ou o gelo seco no rosto para promover a renovação da camada superficial da pele.

Já nos tratamentos terapêuticos, o tratamento é feito em áreas específicas e depende da lesão encontrada. Lesões malignas precisam de um congelamento mais profundo, durando de um a dois minutos, enquanto lesões benignas podem ser submetidas ao tratamento por alguns segundos apenas. Mas, por ser um procedimento não cirúrgico, não é possível enviar material para análise laboratorial e definir com exatidão se houve cura da lesão. Por isso, a crioterapia terapêutica está mais indicada para tumores menos agressivos.

Sessões

A crioterapia estética mais simples, que envolve cremes e bandagens, pode ser feita de duas a três vezes por semana, em um total de 10 sessões. Cada sessão dura cerca de 30 minutos e é importante depois do tratamento continuar em avaliação, caso seja necessária a manutenção dos resultados obtidos.

Já a crioterapia com nitrogênio líquido ou gelo seco depende muito da finalidade, e a quantidade de sessões e seus intervalos precisam ser analisados por um dermatologista experiente.

Profissionais que podem fazer

O ideal é que a crioterapia com nitrogênio líquido e gelo seco seja feita por um dermatologista experiente, porque o resultado depende muito de como é feita a aplicação e isso varia muito conforme o tipo de lesão, local da pele, cor da pele e outros fatores que requerem muita capacitação.

Já a crioterapia mais simples, com bandagens e cremes com cânfora e mentol, pode ser feita por esteticistas e fisioterapeutas.

Cuidados antes da crioterapia

O tratamento feito pelo profissional de estética inicia geralmente com a higienização do local em que serão aplicadas as bandagens frias. Não há necessidade de mais nenhum cuidado específico.

Já no tratamento puramente dermatológico, a pele não deve estar com infecções bacterianas, que podem se agravar, e deve ser evitado o tratamento em pessoas com alterações na coagulação, pois pode haver sangramento intenso.

Cuidados após a crioterapia

Após a crioterapia feita pelo profissional de estética, é recomentado deixar os efeitos do produto aplicado atuarem por, pelo menos, duas horas. Por esse motivo, neste intervalo de tempo, não deverá tomar banho. Também precisa evitar praticar atividade física durante esse período de duas horas, para que possa potencializar o resultado do tratamento.

á no tratamento com gelo seco ou nitrogênio líquido, é importante a boa higiene da ferida que se forma através da lavagem com água e sabonete, aplicação de cremes cicatrizantes, antibióticos (dependendo do paciente e local da lesão), e proteção solar. Qualquer área inflamada que receber a luz solar pode pigmentar e ficar escura.

Contraindicações

Pessoas com infecções na pele, feridas abertas e psoríase devem evitar o tratamento estético da crioterapia.

já a crioterapia feita pelo dermatologista não é indicada para pessoas com doenças desencadeadas pelo frio, como o fenômeno de Raynaud? s, urticária ao frio, criofibrinogenemia, paniculite ao frio, crioglobulinemia e doenças das plaquetas. Distúrbios da coagulação podem ser impeditivos também. Infecção bacteriana próxima ao local da aplicação pode levar a piora do quadro infeccioso. Mas isso normalmente é avaliado pelo profissional que aplica esse tipo de tratamento.

Grávida pode fazer?

O ideal é que grávidas não se submetam a esse tratamento estético.

Possíveis complicações da crioterapia

Pode ocorrer infecção bacteriana, viral ou fúngica do local tratado, pigmentação pós-inflamatória, coloração esbranquiçada da pele. O congelamento destrói o pigmento (melanina) da pele, podendo deixar manchas brancas caso o tempo de congelamento tenha sido excessivo.

Antes e depois da crioterapia

O tratamento puramente estético resulta em melhora da celulite, do tônus da pele e redução de manchas.

Já no tratamento terapêutico de lesões, é um método muito útil como alternativa para pessoas que não podem fazer cirurgias, e tem uma taxa de cura de aproximadamente 90%.

  

Alie a crioterapia com...


Alimentação balanceada A alimentação também influencia na saúde da pele, e em sua aparência. Prefira gorduras insaturadas, provenientes de alimentos como azeite e peixes, e evite gorduras saturadas, como as presentes nos doces e frituras.

Parar de fumar Mulheres que fumam tendem a ter mais problemas após qualquer tipo de procedimento, inclusive a crioterapia com nitrogênio líquido e gelo seco. Além disso, o cigarro está associado ao envelhecimento, pois libera diversas substâncias nocivas que aumentam a formação de radicais livres, o que ocasiona maior e mais precoce formação de rugas.

Proteção solar diária usar protetor com FPS acima de 30 ajuda a minimizar os efeitos da radiação solar na pele, que pode causar envelhecimento e manchas, além de câncer de pele!

Fontes

Dermatologista Natalia Cymrot (CRM-SP 84.332), mestre em dermatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Dermatologista Helena Costa (CRM-RJ 5281778-3), membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia.



Encerramento dessa Uniodade CURRICULAR 10-  U C  X

Pesquisa e fotos elaboradas pelas alunas do Técnico de Podologia, do Senac Santos,  Turma 23, Elis Ramoss e Nuhad CHIOVATTO.

Inserção de Dados, correção de texto e fotos no blog , aluna Elis Ramoss da mesma Equipe.

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